Sindicato dos Jornalistas pede empenho do TJ no caso Décio Sá

Por Luís Pablo Crime
 

O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Luís, Douglas Cunha, pediu o empenho da presidência do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) na solução do caso Décio Sá, assassinado em 23 de abril de 2012.

Douglas Cunha foi recebido pelo desembargador Guerreiro Júnior

Douglas Cunha foi recebido pelo desembargador Guerreiro Júnior

O sindicalista – acompanhado do jornalista Djalma Rodrigues – foi recebido pelo presidente da Corte, desembargador Antonio Guerreiro Júnior, nesta terça-feira (23), e pediu informações sobre o andamento do processo que apura o homicídio.

Durante o encontro, Cunha manifestou a preocupação da categoria com o andamento e o destino da ação penal que apura a morte do colega – morto há um ano e três meses, afirmando que o crime contra Décio Sá não tem precedentes na história do jornalismo maranhense e exige do poder público uma posição mais austera.

“Não queremos que o julgamento seja prejudicado com os recursos protelatórios dos advogados de defesa, com a mudança dos depoimentos dos acusados, como também dos juízes na condução do processo. Sabemos que o presidente do TJMA é sensível e acreditamos na Justiça”, disse o presidente do sindicato.

O desembargador informou que a ação penal que trata do homicídio do jornalista Décio Sá já foi incluída, em maio deste ano, no sistema de acompanhamento processual “Justiça Plena”, pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), após envio de solicitação do TJMA.

Jornalista Décio Sá

Jornalista Décio Sá

A submissão do processo ao acompanhamento do CNJ atendeu a um pedido do juiz Márcio Brandão (1ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís), onde a ação foi ajuizada. Com o cadastro da Ação Penal no sistema, o processo passa a ser monitorado pelo Conselho.

O presidente do TJMA garantiu que o Tribunal está preparado para julgar o processo que trata do crime cometido contra o jornalista. “Todos os juízes que assumiram o caso são muito íntegros e o processo está seguindo todos os trâmites necessários. Estou em contato com os magistrados e informado sobre o andamento regular do processo”, assegurou o desembargador ao sindicalista.

Ao final da reunião, Cunha disse estar satisfeito com as informações prestadas pelo presidente do TJMA, desembargador Guerreiro Júnior. “Percebemos que há uma preocupação da presidência da Casa e de todo o Judiciário na conclusão desse processo”, finalizou.

(As informações são da Assessoria do TJMA)

Um comentário em “Sindicato dos Jornalistas pede empenho do TJ no caso Décio Sá”

  1. OBSERVADOR

    CASO DE TORTURA NO PARANÁ TEM SEMELHANÇA COM O CASO DECIO SÁ NO MARANHÃO.
    Se a justiça do maranhão não trabalhasse com dois pesos e duas medidas, já teria decretado a prisão de todos os encarregados pelo inquérito que apurou a morte de jornalista Décio Sá, pela forma comprovadamente maldosa com que tentaram envolver pessoas inocentes, com ofertas e promessas de benefícios.
    Todos os acusados foram unânimes em seus interrogatórios ao juiz Márcio Brandão e ao MP em afirmar que o secretário de segurança Aluisio Mendes e os delegados que compõem a comissão de investigação do caso Décio, os torturaram de forma direta ao induzir-los a inserir o nome do deputado Raimundo Cutrim como um dos envolvidos na morte do jornalista.
    O principal acusado e assassino confesso, Johanthan de Sousa Silva, disse em seu interrogatório ao Juiz Brandão e ao promotor Duarte, que só conhecia jr bolinha, que elem deste, não sabia da participação de mais ninguém.
    Que em seu depoimento na DEIC, dissera nomes de outras pessoas cumprindo orientação da policia.
    Junior bolinha, afirma que sofreu tortura de todos os modos, e fora ameaçado de ser transferido para o presídio federal de Mato Grosso, caso não colaborasse, envolvendo o nome do parlamentar como mandante do crime. Chegando a receber a promessa do delegado Maymone Barros de ser posto em liberdade por oficio, caso aceitasse a proposta da equipe da SSP.
    Na mesma linha, o capitão da PM Fábio Aurélio, confirmou o que já teria dito o major Diógenes: que fora procurado pelo motorista do secretário de segurança para que o referido capitão elaborasse uma missiva, solicitando a necessidade de ir até a presença do chefe da SSP. Que tal pedido não transparecesse que seria o secretário o interessado pela conversa e sim o preso.
    O capitão Fábio Aurélio, ao chegar à presença do secretário, recebera deste, fartos elogios, dentre os quais, o que afirmou que teria plena certeza que o PM não tinha fornecido a arma ao matador de Decio. Mas que este sabia muito. E sugestionou: “tu mim ajudas, que eu ti ajudo…”
    A famigerada proposta seria: que o PM subsidiasse as investigações inserindo o nome de deputado como cúmplice da morte do blogueiro Décio Sá. Ao ver sua proposta rejeitada pelo acusado, fato que indignou ainda mais o gestor de segurança, que tratou logo de encaminhar o inquérito ao visinho estado do Piauí na tentativa de vê-lo responder também pela morte do comerciante de veiculo Fábio Brasil morto em Teresina em março de 2012.

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