Não tem jeito, mais uma vez Sarney é a pedra no caminho de Flávio Dino.

A coluna ‘Painel’ do jornal Folha de São Paulo informa na sua edição de hoje (16) que, em parceria com o líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), o presidente do Senado José Sarney (PMDB) vetou a nomeação do ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB) para presidir a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur).

Diz assim a coluna assinada pela jornalista Renata Lo Prete: “…José Sarney (AP) conseguiu sustar mais uma vez a ida de Flávio Dino (PC do B-MA) para a presidência da Embratur”. Até ontem era dado como certo pela imprensa do sul do país a ida de Dino para o órgão.

Conforme revelou o jornalista Cláudio Humberto, o vice-presidente da República, Michel Temer, vinha trabalhando, a pedido da presidenta Dilma Rousseff, para “amolecer” a resistência do correligionário José Sarney à nomeação de Flávio Dino. A articulação não prosperou, endurecendo mais ainda a oposição do presidente do Senado ao nome de Dino.

Desde que ficou em segundo lugar nas eleições de 2010 – quando por uma diferença de apenas 0,08% não foi para o segundo turno com Roseana Sarney – Flávio Dino tem sido alvo de vetos de José Sarney. O objetivo é evitar o fortalecimento do comunista, hoje principal adversário do grupo na disputa do governo em 2014.

Em fevereiro, Michel Temer havia convidado Flávio Dino – com o qual cultivou em seus anos de deputado federal um ótimo relacionamento – para compor sua assessoria jurídica no Palácio Planalto. O comunista acabou sendo vetado por José Sarney.

Em seguida Dino foi sondado para o Ministério da Justiça – o ministro José Eduardo Cardozo o queria na Secretaria Nacional de Reforma do Judiciário, ligada ao Ministério. Mais uma vez foi o comunista defenestrado pelo presidente do Senado.

Por último, Flávio foi convidado para presidir a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur). Entretanto, prevaleceu novamente a vontade de Sarney. Ao comunista, resta continuar exercendo sua função na Universidade Federal do Maranhão na condição de professor de Direito Constitucional II e da Escola de Direito de Brasília (EDB).

Fonte: Folha de São Paulo