OAB cobra de Sarney e Roseana o dinheiro gasto com uso de helicóptero

Por Luís Pablo Política
 

Pai (José Sarney) e filha (Roseana Sarney) desfrutando e abusando do poder

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) quer que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e sua filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), devolvam ao erário o que foi gasto com o uso de helicóptero do GTA da Polícia Militar do Maranhão a serviço da família.

Em dois fins de semana, o aparelho foi flagrado levando Sarney, sua mulher Marly, e amigos para a ilha no município de Curupu, pertencente à família do presidente do Senado, segundo denúncia do jornal Folha de S. Paulo.

Presidente da OAB, Ophir Cavalcante

“É um caso típico de confusão entre o público e o privado”, afirmou o presidente da OAB, Ophir Cavalcante. “Espero que o bom senso prevaleça e que o Estado seja ressarcido pelo dano sofrido”, acrescentou.

Para ele, pai e filha têm responsabilidade no episódio, mas a maior carga de cobrança recai sobre a governadora, porque o helicóptero pertence ao patrimônio estadual. “É inerente ao cargo que o dirigente público tenha compromisso moral e ético no trato da coisa pública”, explicou.

Por meio de nota divulgada pela assessoria de imprensa, Sarney afirmou que não cometeu ilegalidade e que “tem direito a transporte de representação em todo o território nacional”. Disse ainda que o Legislativo, a exemplo do Executivo e do Judiciário, “são poderes da União independentes e harmônicos entre si” e que estava no Maranhão a convite da governadora do Estado, por acaso sua filha. Vídeos feitos por um cinegrafista amador mostram que houve pelo menos duas viagens no mesmo helicóptero para a ilha.

Na última, realizada no dia 26 de junho, Sarney teria levado como seus convidados um empresário Henry Duailibe Filho (dono da empreiteira Ducol e da concessionária Duvel) que tem contratos milionários no governo de Roseana Sarney.

Na primeira viagem, em 10 de junho, o presidente do Senado se fez acompanhar da mulher, Marly e familiares. “É lamentável ainda ver o público sendo uma extensão do privado”, criticou Ophir. “Isso é cultural no País”. As informações são da Agência Estado.

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