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Principais ações acontecem nas noites de sexta-­feira, mas já há casos durante o dia e na semana

Frequentadores da Praia Grande, um dos pontos mais visitados do Centro Histórico de São Luís, voltaram a reclamar de insegurança na região. Comerciantes, visitantes, turistas, festeiros. Quem quer que visite uma das regiões mais turísticas de São Luís sente-se inseguro, principalmente à noite, e durante os fins de semana. Há relatos até mesmo de arrastões ocorrendo em determinadas áreas, como nas imediações da Praça Nauro Machado, onde geralmente ocorrem shows e se concentra a maior quantidade de pessoas.

Na sexta-feira, dia 19, por exemplo, o produtor cultural Rivandré Basileu relatou nas redes sociais que mal desceu do carro, na Praia Grande lotada e foi assaltado. Levaram seu aparelho celular e ele não pode fazer nada, a não ser reclamar nas redes sociais e avisar seus amigos que iria ficar um tempo sem poder se comunicar por telefone. “Num local que era para ser seguro, estamos à deriva. Estou sem celular por tempo indeterminado e também não volto em evento na [Praça] Nauro Machado tão cedo. Êta São Luís maravilhosa”, afirmou.

Segundo testemunhas, as sextas-feiras são os piores dias. Os bandidos agem, roubando as vítimas, entram no Mercado da Tulhas, trocam de roupa, passam o roubo para terceiros e voltam para cometer mais crimes. A partir das 17h, os marginais já começam a se reunir ao lado do terminal da Praia Grande e ali mesmo ficam os receptadores.

Volta da violência

A presença de moradores de rua, que dormem e perambulam pela área da Praia Grande, também chama atenção de quem frequenta o ponto turístico

Durante o mês de férias, julho, os transeuntes reclamaram de assaltos até mesmo de dia, e em dias da semana, por bandidos armados com facas e revolveres.

De acordo com Ivan Madeira, proprietário de um bar na região, no início do governador Flávio Dino foram realizadas várias reuniões com as forças de Segurança Pública do Estado, incluindo o subprefeito, Fábio Carvalho e o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, onde se ficou acertado o esquema de segurança para a região.

No princípio, segundo ele, a coisa funcionou, até mais ou menos o período junino, mas então, as tudo desandou a violência retornou ao Centro Histórico de São Luís. “Caímos na realidade de que foi mais um show montado pela equipe pirotécnica do atual governo, desde o começo deste ano que tentamos conversar com a equipe de segurança pública e não conseguimos localizar ninguém, nem o subprefeito, nem secretário de segurança, não sei onde se enfiaram esses representantes do governo Municipal e Estadual, enfim, o Centro Histórico voltou a ser o que era antes, uma zona de conflitos entre facções, além das facções muito arrombamento de lojas, assalto a mão armada, durante o dia e a noite”, afirmou Ivan Madeira.

A Polícia Militar do Maranhão (PM) informou, em nota, que o policiamento na área do Centro Histórico é feito constantemente com três viaturas, além de motocicletas que intensificam a segurança aos finais de semana e nos horários de maior movimento.

Agentes do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM) e da Companhia de Polícia Militar de Turismo Independente (CPTur) realizam rondas durante o dia e à noite para coibir ações criminosas. A PMMA ressalta que vem adotando o policiamento ostensivo e preventivo na região para evitar ocorrências naquela localidade.

Foi ressaltada, ainda, a importância das eventuais vítimas registrarem boletim de ocorrência no distrito policial mais próximo, para que sejam mapeados os pontos em que os delitos acontecem com maior frequência. A PM também disponibiliza o 190 para denúncias.