Obama escolheu a hora certa para apoiar casamento gay
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Desde que Barack Obama se tornou o primeiro presidente dos EUA a apoiar publicamente o casamento gay, há pouco mais de uma semana, os homossexuais e simpatizantes dividiram-se em dois grupos: o dos esperançosos que festejam a declaração e o dos céticos que reconhecem o avanço mas suspeitam de segundas intenções. E ambos estão corretos.
A comemoração é válida, pois se trata sim de um momento histórico para o país, mas também é preciso enxergar que o discurso emotivo de Obama foi, na verdade, motivado por razões puramente racionais.A começar pelo momento exato escolhido para divulgar seu posicionamento – um dia depois da publicação de uma pesquisa que diz que metade da população americana apoia esse tipo de união, no mesmo dia em que ganhava força nas redes sociais uma campanha que tenta revogar a lei que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Carolina do Norte e um dia antes de uma reportagem do jornal Washington Post revelar que o pré-candidato republicano e seu futuro rival, Mitt Romney, praticava bullying contra colegas homossexuais na adolescência. Timing perfeito.
E mesmo que um levantamento divulgado logo depois pelo jornal The New York Times mostre que 67% dos entrevistados acreditam que a atitude de Obama resulta mais de cálculo político do que de convicção pessoal, o presidente não demorou para começar a colher os bons frutos de sua declaração – em apenas uma hora e meia, os cofres da campanha democrata receberam 1 milhão de dólares em doações.
E isso não foi uma surpresa, e sim o resultado já esperado de uma manobra cuidadosamente orquestrada de olho nos benefícios políticos e financeiros. Continue lendo aqui…