Causa de fissura no Vale Beijing pode levar até um ano para ser revelada
As razões que levaram às fissuras no casco do navio Vale Beijing podem levam de três meses a um ano para serem conhecidas. Esta foi a informação passada durante entrevista coletiva que reuniu membros da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa, Marinha, Vale e da empresa STX Pan Ocean.
Na manhã de hoje, 6, os deputados da Comissão Léo Cunha (PSC), Eduardo Braide (PMN) e Hélio Soares, estiveram no navio que se encontra fundeado a 64 quilômetros da costa maranhense, com uma carga de 360 mil toneladas de minério de ferro e mais de sete mil toneladas de combustível.
Por mais de duas horas, os parlamentares acompanhados do capitão-de-mar-e-guerra Nelson Ricardo Calmon Bahia (Marinha), do advogado da STX, Leven Siano e de técnicos, inspecionaram a embarcação, verificando, entre outras coisas, estratégias para a prevenção de danos ao meio ambiente e a operação para que o navio seja reparado.Inicialmente existe um plano para que o Vale Beijing seja transportado até a Turquia, onde seriam feitos os devidos consertos de duas fissuras de 60x10cm localizadas nos lados direito e esquerdo do casco. No entanto, isto só pode ser precisado após os técnicos da Marinha, Vale, Ibama e Secretaria Estadual de Meio Ambiente avaliarem a logística e riscos da operação.
Por enquanto, nos próximos cinco dias será montada uma operação para redistribuir a carga de minério do porão sete para os três e cinco, para que sejam reduzidos os riscos de acidentes e tornem a embarcação mais estável. Paralelamente, também será retirada a carga de combustível que mantém o navio em operação. Somente então e dependendo das condições climáticas, é que será executada uma logística de transporte da embarcação para um porto europeu.