Do Caio Hostilio
Hoje (16), estive no velório de D. Dóris (94 anos), mãe do Chefe da Casa Civil, Luís Fernando, e por um momento me veio um questionamento que intriga muitas pessoas, principalmente aquelas que tiveram a chance de receber de seus pais os princípios éticos e morais de uma família ajustada: “estamos preparados para perder nossos pais, apesar da idade avançada?”
Bom, isso já está acontecendo em minha família e tenho procurado meios para me preparar. Mas nenhum preparo é suficiente para que eu aceite o envelhecimento e a partida dos meus pais… A deterioração de suas mentes e raciocínio… A lentidão dos passos… A repetição das frases e piadas… Quase todos os dias eu os visito… A teimosia vem piorando… A intransigência afetou aos dois…
De tudo, o que mais me amedronta não é a possível chatice, a resistência aos meus apelos para que eles se cuidem, as mesmas histórias contadas 100 vezes… (eu ainda presto a atenção em todas elas, pois deixam meus pais felizes)… Com o passar dos dias, vejo que meus pais terão que ter mais dedicação de minha parte… Depois de cair na real percebi que nunca estarei psicologicamente estruturada para perdê-los.
Eu vou ter que dar conta, nem que seja ligado no “piloto automático”… Quero fechar bem os olhos para lembrá-los fortes, ágeis, lúcidos… Não quero guardar como lembrança a debilidade, a fragilidade e a dependência… Afinal a velhice é o preço que se paga pela juventude…
Sei que existe o ciclo da vida, mas no meu caso, estou em franco aprendizado, repleto de dúvidas acerca da aceitação do envelhecimento deles e do meu.
Não é fácil envelhecer convivendo com o envelhecimento de nossos pais.
Resumindo… Não estou preparado.
Comentário do blog:
Ao ter lido esse post do blogueiro Caio Hostilio fiquei muito emocionado, pois, me lembrei de ter perdido em uma semana duas pessoas que é e sempre será, aonde quer que esteja, minha razão de viver, meu esforço de cada dia, e sempre vão está em meu coração.
Minhas avós…