Felipe dos Pneus, prefeito de Santa Inês
Transferências bancárias suspeitas, detectadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), entre o empresário Welker Rolim e o prefeito Felipe dos Pneus desencadearam a Operação Tríade, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público, no fim de maio.
A WR Comércio e Construção, do empresário Welker Carlos Rolim, está na mira do MP por suposto envolvimento em um esquema fraudulento na cidade de Santa Inês.
Contratos firmados com a Prefeitura, no valor total de R$ 4.280.201,92, e transferências bancárias apontaram indícios de Irregularidades na parceria.
De acordo com documentos apresentados pelo Gaeco, a WR Comércio e Construção realizou um depósito de R$ 50.000,00 em favor da empresa AZMOM P LTDA, conforme detalhado no relatório do Coaf. Essa transação levantou suspeitas sobre a legalidade dos negócios da empresa.
Além disso, mensagens interceptadas revelaram outra transferência bancária suspeita efetuada pela empresa. Em 2 de agosto de 2021, uma conversa entre Felipe e Antônio Neto indica que a WR Comércio e Construção realizou uma transferência bancária de R$ 50.000,00 para a empresa Irmãos Silva Sales LTDA. Nesse mesmo dia, a empresa recebeu o pagamento de R$ 81.551,10 da Prefeitura de Santa Inês.
O Ministério Público alega que os valores transferidos para a empresa Irmãos Silva Sales LTDA foram utilizados como pagamento por uma reforma no imóvel adquirido pelo prefeito Felipe do Pneus. Além disso, o órgão ministerial informou que Welker Carlos Rolim está sendo investigado em outros processos judiciais relacionados a esquemas fraudulentos em prefeituras maranhenses.
O MP apontou que as transferências bancárias mencionadas acima apresentavam indícios contundentes da participação da empresa WR Comércio e Construção em um possível esquema fraudulento. Diante dos fatos, foi iniciada uma investigação contra a referida empresa e seu respectivo sócio.
No dia 30 de maio deste ano, Felipe dos Pneus chegou a ser afastado, novamente, da Prefeitura de Santa Inês. Mas, em menos de 24h foi reconduzido ao cargo. Ele é apontado como o chefe de uma organização criminosa instalada em Santa Inês, envolvida em fraudes em licitações, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.