Caso Décio: delegado Pedro Meireles nega ter beneficiado esquema de agiotagem

Por Luís Pablo Crime / Polícia
 

Oswaldo Viviani e Jully Camilo / Jornal Pequeno

O delegado da Polícia Federal Pedro Roberto Meireles Lopes negou hoje (9), durante seu depoimento, na audiência de instrução do “caso Décio Sá”, que tenha favorecido Gláucio Alencar Pontes Carvalho durante as operações policiais realizadas por ele. Gláucio é o principal acusado de ter mandado matar Décio. Também é investigado, em outro processo, de atuar como agiota, em várias prefeituras do Maranhão, sangrando recursos públicos federais.

A acusação de favorecimento à agiotagem, por parte de Pedro Meireles, foi formalizada à polícia pelo ex-prefeito de Serrano do Maranhão, Vagno Pereira, o “Banga” – alvo de uma operação da PF, em março de 2010, chefiada pelo delegado.

Delegado Pedro Meireles

Delegado Pedro Meireles

Pedro Meireles mostrou à Promotoria documentos emitidos pela Controladoria Geral da União (CGU), que comprovavam desvios de mais de R$ 2 milhões da Prefeitura de Serrano do Maranhão durante a gestão de Banga.

Ele garantiu que todas as operações da PF são acompanhadas e controladas pela escala hierárquica da Polícia Federal, além de contar com a participação de vários órgãos, como a CGU, e, portanto, não teria possibilidade de serem tendenciosas ou benéficas a alguém.

“O relatório da Controladoria atestou que 96,34% dos recursos avaliados em seis meses, foram desviados da prefeitura de Serrano, com saques na ‘boca do caixa’, totalizando R$ 2.720.471,92 milhões. Além disso, áudios demonstram toda uma cadeia de irregularidades que foram cometidas. Então, eu devo concluir que o depoimento de um ex-prefeito que foi preso por mim, não tem nenhuma credibilidade”, disse Meireles.

Por sua vez, Banga, que também depôs hoje na Justiça, confirmou o que já havia denunciado em agosto de 2012: que sua prisão pela PF se deu porque ele não pagou ao agiota Glaucio Alencar uma dívida de R$ 200 mil, contraída pelo prefeito anterior, Leocádio Olímpio Rodrigues (PDT), no período da campanha eleitoral de 2008. Leocádio foi cassado em abril de 2009, por improbidade administrativa, ocasião em que Banga assumiu o cargo de prefeito.

Em seu depoimento, Pedro Meireles afirmou, ainda, que o seu relacionamento com o jornalista Décio Sá era estritamente profissional, sem vínculo de amizade. Ele relatou que tomou conhecimento da morte do jornalista por meio de uma rede social, na internet.

Meireles também contou à Promotoria que é amigo de infância do advogado Ronaldo Henrique Santos Ribeiro e que conheceu Gláucio Alencar em decorrência de frequentarem a mesma igreja evangélica, situada no bairro do Vinhais.

Das 11 testemunhas arroladas pelo MP para depor na manhã de hoje, oito foram ouvidas e quatro, dispensadas – entre elas, Luiza Santos Carvalho, mulher de Glaúcio Alencar.

2 comentários em “Caso Décio: delegado Pedro Meireles nega ter beneficiado esquema de agiotagem”

  1. severiano da costa lira

    esse pedro meireles fez a mesma coisa em Apicum-Açu com o filho do ex- prefeito Benonil da conceição castro o Benoca, que foi preso sem mandato de prisão, e depois forçou a camara de vereadores a cassar o prefeito benoca, e depois prendeu o mesmo, o agiota gláucio alencar, tinha involvimento direto com ex-prefeito cece monteiro que também está envolvido com os cheques da quadrilha, e emprestou dinheiro para cece monteiro nas eleiçoês de 2008, a pedido desse cece monteiro a gláucio alencar para mandar esse meireles investigar e prender o benoca, pq não prendeu cece monteiro que fez saques abisurdos.

  2. Adamastor

    Se o prefeito roubou, tem que prender mesmo

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