O delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Lawrence Melo Pereira, falou sobre o caso do soldado Carlos Alberto Constantino Sousa e do cabo Júlio César da Luz Pereira, que foram assassinados por policiais militares em Buriticupu.

Lawrence disse que o soldado e o cabo estavam sendo investigados por crime de extorsão. “Eles [soldado Carlos e cabo Júlio César] vinham sendo investigados pela Superintendência de Combate ao Narcotráfico, inclusive estavam interceptados.”

Segundo o delegado-geral, foi através das interceptações que a polícia conseguiu identificar os responsáveis pelo assassinato do soldado Carlos e cabo Júlio César.

“Em razão dessa interceptação no bojo da investigação no homicídio do qual foram vítima, resultaram provas técnicas que são indiscutíveis do ponto de vista de colocar os policiais militares que hoje se encontram custodiados, no local do crime”, disse Lawrence Melo.

O delegado-geral falou ainda que durante as investigações os militares responsáveis pelo assassinato mentiram ao negar que estavam juntos com as vítimas no dia do crime.

“Durante a investigação desse homicídio esses policiais negaram que tivessem se encontrado com as vítimas no dia do crime, mas as provas técnicas e materiais que estão juntadas aos autos demonstram exatamente o contrário. Colocam esses policiais que hoje estão presos, no local do crime e dessa forma os colocam como principais suspeitos”, falou em entrevista.

A Polícia Civil prendeu ontem, dia 30, o tenente Josuel Alves de Aguiar e o soldado Tiago Viana Gonçalves pelo assassinato dos policiais. Um terceiro suspeito, o soldado Gladstone de Sousa está foragido.

De acordo com informações da polícia, os três militares atraíram os “colegas” de farda para o local do crime dizendo que havia uma missão, que seria para buscar um caminhão e um trator em uma determinada localidade.