Operação Sermão dos Peixes: médico suspeito de desviar recursos do SUS é solto e vai responder em liberdade

Por Luís Pablo Polícia
 
Médico Plinio Medeiros Filho foi um dos alvos de operação da PF do Maranhão

Médico Plinio Medeiros Filho foi um dos alvos de operação da PF do Maranhão

O médico Plinio Medeiros Filho, preso na semana passada pela Polícia Federal, foi solto nesta segunda-feira (22) para responder ao processo em liberdade. Ele recebeu um habeas corpus porque a Justiça entendeu que não havia “motivos concretos e específicos” que justificassem a prisão.

A defesa do médico argumentou que a prisão dele havia sido decretada sem necessidade e que não há indícios de que ele tenha tentando destruir provas ou ameaçar testemunhas. A Justiça concordou com o argumento e autorizou a soltura.

O advogado Pablo Araújo Macedo, que defende o médico, disse que o cliente jamais participou de qualquer crime e que trata-se apenas de uma investigação. Informou ainda que a defesa entende que houve excesso e que recebeu a decisão do habeas corpus com louvor.

Medeiros foi um dos alvos da Operação Sermão dos Peixes, da PF do Maranhão. A investigação é sobre um esquema de corrupção que teria desviado recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) naquele estado. A estimativa é de um prejuízo de até R$ 2 milhões para a saúde pública maranhense.

No dia da operação, foram cumpridos oito mandados de prisão e 19 de busca e apreensão. Além disso, foi determinado o bloqueio judicial e sequestro de bens da conta dos envolvidos em um valor que supera a cifra de R$ 15 milhões. A PF também investiga se houve vazamentos de informações na primeira fase da operação.

Habeas Corpus

O médico é o segundo a conseguir habeas corpus. O primeiro foi o ex-secretário Ricardo Murad, que foi solto pela Justiça no último sábado, dia 20. A decisão foi da desembargadora Maria do Carmo Cardoso, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1).

Na decisão, a magistrada acolheu os argumentos da defesa de Ricardo Murad de que as buscas necessárias à investigação haviam sido realizadas e que a apuração remonta a fatos de 2011 a 2013. Reveja aqui.

(Com informações do G1 Tocantins)

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