Cansado de ser malhado pelos próprios colegas que o elegeram o presidente do Partido dos Trabalhadores de Timon, professor Maurício Ângelo, resolveu detonar seus detratores e, mesmo sendo o diretor-chefe da Unidade Regional de Educação, não poupou críticas à política de educação da governadora Roseana Sarney(PMDB).

Nos últimos meses Maurício vem recebendo críticas de todos os setores da sociedade por conta de sua desastrada administração da Regional de Educação e nem seus colegas de partido o têm poupado. Os petistas dissidentes chegaram a soltar uma nota pública – enviaram para o Portalhoje.com e outros veículos de Timon – denunciando que, alem dos desmandos, Maurício cometia assédio moral contra os colegas e as colegas professores e professoras. E pediam sua cabeça ao diretório regional do PT.

Maurício, que participou ontem(24) à noite de uma audiência pública na Câmara Municipal – atendendo requerimento do vereador Uilma Resende – para explicar o seu comportamento, acabou foi detonando também a política que a governadora Roseana Sarney adotou para a educação do Estado.

O diretor revelou que é orientação do governo fechar as escolas que estão ficando ociosas, com a perda de alunos. Enquanto nos demais estados brasileiros o número de alunos aumenta, no Maranhão ele faz é diminuir. “Nos últimos anos o Maranhão perdeu mais de 100 mil alunos para os estados vizinhos”, denunciou o professor Maurício.

Como a maioria desta migração vai para o Piauí, especialmente Teresina, que recebe os alunos de Timon tanto nas escolas públicas como privadas, as escolas locais acabam se esvaziando e a orientação do Governo é juntar os alunos restantes a outras escolas, daí a necessidade do remanejamento que acabou sendo proibido pelo juiz Simeão Pereira.

Petistas do contracheque

Às vésperas de depor na Câmara Municipal, o professor Maurício fez algo inédito: concedeu uma entrevista a uma emissora de rádio local, a Cidade FM 95,3. E, falando para o repórter Antônio Leite, do programa “Café com Leite”, não poupou os colegas petistas que pediram sua cabeça à direção do partido e o cargo da Regional de Educação.

Segundo o professor Maurício, os colegas que o criticam hoje foram os seus eleitores de ontem que o elegeram presidente do PT e o que eles estão em busca mesmo é de um cotracheque. Mais grave, sem trabalhar. “Até o mês de dezembro passado estes petistas que me condenam hoje estavam nas tetas da Prefeitura com um gordo contracheque e sem necessidade de trabalhar”, disse Maurício.

Mais grave ainda, segundo Maurício: esta prática dos petistas locais não vem de hoje. “Desde os dois governos Chico Leitoa, passando pelo do De Deus, essa turma aí tem sinecura na Prefeitura.”

Depois de afirmar que vai esperar a decisão do diretório estadual sobre sua situação na presidência do PT timonense, Maurício faz outra acusação grave: ele acusa os ex-presidentes pelo sumiço do patrimônio do partido que, não era pequeno.