Os deputados Tatá Milhomem e Marcelo Tavares, quando amigos

Os deputados Marcelo Tavares (PSB), líder da oposição, e Tatá Milhomen (DEM), da base governista, entraram no embate hoje, 12, na Assembleia Legislativa.

Em seu duro discurso, Tavares cobrou explicações por parte do governo de Roseana Sarney sobre a compra de um terreno no município de Caxias onde, hoje, deveria existir um hospital estadual de referência.

A compra do terreno, que foi penhorado recentemente pela Justiça, ocorreu em 2009, no ano em que Roseana assumiu o governo.

Localizado as margens da BR-316, o terreno possui cerca de cinco hectares e foi adquirido pelo valor de R$ 3 milhões junto à Sociedade Educacional Caxiense (Soeduca), grupo pertencente ao casal Paulo Marinho e Márcia Marinho.

Em defesa do governo, em vez de debater a questão da corrupção da atual administração, Milhomem preferiu partir pra cima de José Reinaldo Tavares, lembrando do caso Gautama, em que o ex-governador esteve envolvido e foi preso.

Veja na integra a discussão dos dois:

Tatá Milhomem – “Deputado, o que está me surpreendendo hoje é que V. Ex.ª na hora em que diz assim: o governo tal, o governo tal, V. Ex.ª diz, não, só do passado, se V. Ex.ª está desenterrando defunto, então vamos desenterrar as pontes (da Operação Navalha). Tudo precisa realmente ser explicado. Agora V. Ex.ª que é um filhote, que é um sobrinho da família Sarney, criado, alimentado com toddy, com nescau, etc. etc, agora vem se insurgir a criatura contra o criador, vamos maneirar um pouquinho e respeitar os nossos ancestrais”.

Marcelo Tavares – “Em primeiro lugar se eu sou filhote da oligarquia, mas a herança quem usufruiu foi V. Ex.ª e alguns outros, a herança que é essa aqui, a corrupção, V. Ex.ª que usufruiu junto com os nomes do deputado Paulo Marinho e da Márci Marinho, me parece aqui nesse negócio. Eu posso ter sido um filhote na ótica de V. Ex.ª porque participei de um governo, mas sai a tempo deputado Milhomem, sai a tempo de defender os interesses do povo do Maranhão, e sai sem rabo preso, porque eu tenho a coragem de vir até esta tribuna denunciar”.