Danou-se: Vídeo desmente declarações de Carlos Lupi

Por Luís Pablo Política
 

A revista Veja em sua edição desta semana, revelou que Adair Meira, dono de três ONGs que têm contratos milionários com o Ministério do Trabalho, providenciou um avião King Air, de prefixo PT-ONJ, para que o ministro Carlos Lupi (PDT) cumprisse sua agenda oficial em sete municípios do Estado do Maranhão.

Meira fazia parte da comitiva – o que torna ainda mais patente a mistura de interesses públicos e privados que uma autoridade como Lupi teria a obrigação de coibir.

Confrontado com as informações da Veja, o ministro negou tudo. Em nota oficial publicada no último sábado, 12, ele afirmou que a viagem tinha sido feita apenas em aviões Sêneca, providenciados pelo Diretório Regional do PDT.

A versão de Carlos Lupi começou a ser desmontada ontem, 14, quando as suas fotos desembarcando da aeronave foram divulgadas.

Hoje, um vídeo divulgado com exclusividade no site da VEJA, onde mostra Lupi e Meira no local da aterrissagem, foi crucial para confirmar as mentiras do ministro.

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Em depoimento no Congresso Nacional, Lupi disse que não conhecia Adair Meira e que nunca havia viajado em avião alugado por ele. “Nunca andei em jatinho de Adair, não o conheço. Não tenho nenhum tipo de relação com ele”, disse.

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Um comentário em “Danou-se: Vídeo desmente declarações de Carlos Lupi”

  1. Paula Vilhena

    BOMBA

    Lupionato ( lu-pi-o-na-to )
    s.m
    Jur. Crime caracterizado por cometer fraude em contrato com ONGs, documento de ONGs, convenção do Partido, etc.
    Ex.: Ação de Lupi à frente do Ministério do Trabalho.
    [F.: Do lat. luppionattus.]
    Sinônimos: Paloccigate, Orlandionato.
    Na realidade pelo que parece este é só o fio da meada, as evidências apontam para a utilização do ministério presidido por Carlos Lupi como forma de conseguir viabilizar negócios obscuros

    VEJA MAIS UMA :
    O ministro LUPI em dezembro de 2007, liberou pelo Ministério do Trabalho cerca de R$ 700 mil como primeira parcela de uma verba de R$ 3 milhões para qualificar 1.300 jovens em Londrina, no Norte do Paraná para a ONG Centro Integrado e Apoio Profissional (Ciap), de Curitiba.
    O repasse à entidade ignorou irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Paraná por convênios firmados entre o Ciap e a prefeitura de Londrina e uma investigação do Ministério Público Estadual em Foz do Iguaçu que apura irregularidades em convênios do Ciap com a prefeitura para realizar cursos.
    Ocorre que já havia uma suposta relação comprometedora entre o deputado do PDT do Paraná Barbosa Neto e então presidente do Ciap, Dinocarme de Oliveira, segundo afirmou em depoimento ao procurador-geral da república o ex-assessor parlamentar Luciano Ribeiro Lopes, que trabalhou com Barbosa na Câmara Federal.

    Em entrevista coletiva, Barbosa admitiu que Dinocarme doou dinheiro para sua campanha e que o conhece há mais de 20 anos.

    Em reportagem publicada pelo jornal Correio Braziliense em 30 de junho de 2008, Luciano afirmou ter testemunhado negociações entre Barbosa, sua esposa, Ana Laura Lino Barbosa, e Dinocarme, que seriam resultado da assinatura de um convênio de R$ 3 milhões entre o Ciap e o Ministério do Trabalho – o Projovem – no final de 2007.

    Segundo a reportagem, Luciano disse que foi o deputado quem escolheu a entidade e a indicou ao Ministério do Trabalho. O convênio seria “uma forma de compensação financeira pela ajuda que Dinocarme deu a Barbosa Neto na campanha passada e para a rádio (Brasil Sul, de propriedade de Barbosa), que é deficitária”, afirma o texto.

    Luciano disse ao jornal ter visto Ana Laura abrir a bolsa e que dentro dela havia R$ 50 mil para pagar os funcionários da rádio. “O ex-assessor político sustenta que uma das formas para justificar esses recursos da ONG era superfaturar o valor dos anúncios da faculdade Inesul, ligada à Ciap, na rádio. A parceria era tamanha que o deputado usava o jatinho particular de Dinocarme para se deslocar no estado, de acordo com o ex-funcionário”, prossegue a reportagem do Correio Braziliense.

    Na ocasião o Planalto solicitou que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, esclareçesse as notícias de que sua pasta repassou recursos a ONGs ligadas a aliados do PDT antes de começarem a funcionar. A situação do ministro Lupi passou a provocar desconforto no governo, mas a ordem no governo foi não desgastar o ministro do partido aliado e a então ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), deu o tom do tratamento que será dispensado ao ministro: cautela.
    CIAP E SEU PRESIDENTE : CASO DE CADEIA
    *Diz-me com quem tu andas que eu te direi quem és
    Como se não bastasse o CIAP também foi acusado pela Polícia Federal (PF), de desviar recursos de programas sociais implementados com verbas federais da ordem de pelo menos R$ 300 milhões de reais dos cofres públicos nos últimos 5 anos.
    Os recursos eram obtidos por meio do Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap) que fazia parceria com Prefeituras para implementar programas sociais, principalmente na área de educação e saúde, e faturou mais de R$ 1 bilhão nos últimos cinco anos. Pelo menos 30% deste dinheiro teria sido desviado para pessoas ou empresas do grupo que orbitam em torno de projetos feitos em parceria com o setor público.
    Foram detidos na ocasião, Dinocarme de Oliveira, presidente do Ciap; a mulher e vice-presidente do grupo, Verginia Aparecida Mariani; o diretor da Faculdade Inesul (pertencente ao Grupo), Paulo Channan; e o lobista da entidade junto ao Ministério da Saúde, Juan Carlos Monastieri. Os nomes dos outros sete acusados não foram divulgados pela PF. Além das prisões no Paraná, foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão em Goiás, Maranhão, Pará e São Paulo. Dois aviões e diversos veículos foram apreendidos e todas as contas bancárias dos investigados foram bloqueadas. Mais de 200 agentes públicos foram mobilizados na operação.
    De acordo com as investigações, o Ciap movimentava por ano cerca de R$ 130 milhões e simulava a aplicação integral em projetos promovendo contratações de empregados e compras de bens e serviços. Porém, 30% da verba era transferida para uma conta da entidade, a título de despesa administrativa. Os saques eram de alto valor, feitos em dinheiro, sem destinação especificada. As autoridades descobriram ainda que muitos dos que era pagos como fornecedores eram, na verdade, empresas que pertenciam a parentes dos responsáveis pela entidade ou pessoas de sua confiança.

    JUSTIÇA CONDENA ENVOLVIDOS NO GOLPE DO CIAP DE LONDRINA
    O diretor da faculdade Inesul e coordenador do Centro Integrado de Apoio Profissional (CIAP), de Londrina, Dinocarme Aparecido Lima e mais 13 pessoas foram condenadas pela justiça federal. Eles são acusados pelo Ministério Público Federal, por peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A decisão é do juiz federal Sergio Fernando Moro da 2ª Vara Criminal de Curitiba. Na decisão o juiz conclui que o CIAP, por ser uma OSCIP – organização da Sociedade Civil de Interesse Público e não poder ter fins lucrativos, apropriou-se e lavou recursos públicos federais recebidos para execução de programas públicos de saúde e de educação no Paraná, Maranhão e Rio de Janeiro. Ao todo, o peculato e a lavagem de dinheiro somam mais de R$ 28 milhões de reais entre janeiro de 2003 e abril de 2010. A investigação foi realizada pela Polícia Federal, com participação da Controladoria Geral da União e da Receita Federal, e provou que eram sacados cerca de R$ 150 mil por mês da conta do CIAP, desviados para o dirigente da entidade, Dinocarme Aparecido Lima. A sentença decretou o confisco de bens, avaliados em mais de R$ 20 milhões. As penas fixadas variam entre cinco e 17 anos.
    O presidente da entidade, Dinocarme Aparecido Lima foi condenado a 17 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado. Sua esposa, Vergínia Aparecida Mariani foi condenada a 14 anos, 11 meses e 15 dias de prisão.

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