Punição aos grevistas foi acertada em reunião secreta entre os Coronéis

Por Luís Pablo Política
 

A cúpula da Secretaria de Segurança Pública convocou os dezoito coronéis para uma reunião secreta no Palácio dos Leões.

Na reunião, com a presença do governador em exercício, Washington Luiz Oliveira (PT), o secretário de Segurança, Aluíso Mendes, argumentou que os policiais militares e bombeiros que participaram do movimento deveriam ser punidos.

A linha de raciocínio do secretário só não foi aceita prontamente, porque o vice-governador, no exercício da função de governador, disse que não viu excessos. Os coronéis ficaram calados. Apenas dois se pronunciaram: Ivaldo Barbosa e Pinheiro Filho.

Eles defendem que seja cumprido o acordo feito entre os deputados estaduais e os representantes dos militares. Coronel Ivaldo assumiu toda a responsabilidade pela greve. Embora se saiba que isso não é verdade, o gesto teve como objetivo evitar que as praças sejam punidas.

O movimento reivindicatório é a exteriorização da insatisfação da tropa em todo o Estado. Independe da vontade de qualquer oficial, é um movimento originário da base.

O secretário Aluísio Mendes disse na reunião que não entendia a deflagração da greve. Horas antes, em uma reunião na vice-governadoria, ele havia argumentado com os representantes dos militares e achou que “todos haviam concordado com as colocações”.

Coronel Ivaldo, por sua vez, explicou que os militares não concordaram, “apenas ouviram”.

Pelo que se percebe, a opinião de Washington Oliveira não está sendo levada em consideração. O blog do jornalista Luis Cardoso divulgou hoje, 10, que dois oficiais do Corpo de Bombeiro foram punidos com a perda da função de comando.

Os militares dizem que estão tranquilos e a responsabilidade da negociação com o Governo do Estado é da Assembleia Legislativa do Maranhão.

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