Jonhatan tem lapso de memória e diz que não sabe dos mandantes da morte de Décio Sá
Já era esperado. Estava tudo arrumadinho. O próprio advogado do pistoleiro de aluguel Jonhatan Sousa, Pedro Jarbas, antecipou há duas semanas que o depoimento do seu cliente pode mudar todos os rumos do caso Décio Sá.
Assassino confesso da morte do jornalista em 23 de abril do ano passado, o pistoleiro negou quase tudo que contém nos depoimentos prestados para os delegados que investigaram o caso.
Como se lhe faltasse a memória, disse que não conhece os mandantes do crime e deu um novo nome para o contratante. um tal de Neguinho Barrão.
Jonhatan Souza, como se tivesse encenado a peça apresentada hoje, falou que não conhece Gláucio e muito menos o pai Miranda e que seus depoimentos iniciais foram dados sob pressão.
Falou que aceitou dizer o que os delegados queriam com receio de morrer. Informou que tinha medo de ir para Pedrinhas e lá ser assassinado. “Por isso, decidi colaborar e aceitar o que eles queriam”, disse.
O pistoleiro disse que conheceu o Neguinho Barrão em Santa Inês e que a partir daquele momento aceitou fazer os trabalhos para o empresário Júnior Bolinha, incluindo as mortes de Fábio Brasil, em Teresina, e Décio Sá, em São Luís.
Contou que não recebeu o dinheiro todo desde o primeiro “serviço” e não soube explicar como fez o segundo se sequer recebeu o primeiro.
O assassino, que estava trajando roupas de marcas e tênis de grife, chegou a afirmar que boa parte dos depoimentos prestados pelos delegados estava pronto e que citou o nome do deputado Raimundo Cutrim a pedido deles.
Ele isentou do crime os agiotas Gláucio e Miranda e apenas envolveu o nome de Júnior Bolinha. Essa estratégia vinha sendo montada desde as visitas constantes dos advogados dos agiotas ao próprio Jonhatan em presidio fora do Maranhão, o que sugere que houve um acerto entre os advogados das partes.
05/06/2013 às 14:48
E as outras testemunhas que também disseram que foram induzidas pelos delegados, também foram ensaiadas?
Comprem-me um bode!!!!