Operação Pegadores: Carlos Lula foi salvo pela desembargadora Mônica Sifuentes

Por Luís Pablo Judiciário / Política
 
Desembargadora Mônica Sifuentes

Desembargadora Mônica Sifuentes

O secretário de Estado da Saúde, advogado Carlos Lula, tem que levantar as mãos para o céu e agradecer a Deus pela existência da desembargadora federal Mônica Jacqueline Sifuentes Pacheco de Medeiros, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Foi Mônica Sifuentes que negou o pedido da Polícia Federal em investigar Lula na Operação Pegadores, deflagrada no Maranhão para combater a corrupção na saúde pública do governo Flávio Dino.

O Blog do Luís Pablo informou hoje, dia 4, com exclusividade que a PF pediu para investigar até onde vai o envolvimento de Carlos Lula no esquema de corrupção. Interceptações telefônicas apontaram que o secretário tinha conhecimento da bandalheira que ocorria na Secretaria de Saúde.

Diferentemente do que muitas pessoas interpretaram, não foi o desembargador federal Ney Bello que barrou a investigação contra o secretário Lula. O magistrado é relator da Operação Pegadores, mas não julgou esse pedido da federal.

CNJ

No ano passado, a desembargadora Mônica Sifuentes foi alvo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela foi investigada por acumulo de 2,6 mil ações sem julgamento.

A quantidade de viagens ao exterior que magistrada fez desde que passou a integrar os quadros do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), chamou a atenção do Conselho da Justiça Federal (CJF) e da Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do CNJ.

Enquanto ficou fora do país, os processos que Mônica deveria julgar se acumularam no seu gabinete. Em janeiro, eram mais de 2,6 mil ações pendentes de análise. Desde 2011, Mônica Sifuentes vinha obtendo sucessivas autorizações de afastamento para missões no exterior.

Na lista de países que a magistrada já visitou, estão México, Holanda e Alemanha. Ela chegou a conseguir até uma licença para passar um ano nos Estados Unidos, onde ia estudar.

“Minha viagem está muito bem fundamentada. Nós, juízes, somos prestadores de serviços à população. Juiz não pode fazer turismo com dinheiro público. Mas o meu caso não é o ideal para se discutir isso”, afirmou a desembargadora na época.

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