A demissão de Lula Fylho do comando da Secretaria de Saúde da capital não foi à toa. O motivo tem nome e sobrenome: “Cobiça Fatal”, operação deflagrada pela Polícia Federal que apontou fraude de mais de R$ 2 milhões de recursos que deveriam ser direcionados ao combate do novo coronavírus (Covid-19).

Como Chefe do Poder Executivo Municipal e ciente de tudo que acontecia na Secretaria de Saúde, Edivaldo Holanda Júnior decidiu demitir Lula por receio de ser preso.

Lula Fylho era considerado o homem mais forte da administração, tanto que nem a maioria do vereadores da Câmara Municipal conseguiram lhe derrubar. Em sua rede social, o (agora) ex-secretário demonstrou insatisfação: “nem tudo entendemos na hora”.

Vale ressaltar que o prefeito sempre esteve na linha de frente no combate a Covid-19 e dava ordem direta para o Lula mandar comprar os matérias que seriam usados no enfrentamento do vírus.

Como houve prisões para quem vendeu máscaras superfaturadas, da mesma forma deveria ser também para o ordenador de despesa, porque quem manda comprar é tão culpado como quem fez venda, não há diferença de crime.

E Edivaldo sabe que as investigações estão avançadas e que sua gestão pode ser alvo novamente de operação federal, por isso tem se mantido em silêncio e varrendo tudo para debaixo do tapete, como fez agora com Lula Fylho.