PGR ainda não se posicionou sobre as investigações contra Juscelino Filho

Por Luís Pablo Política
 

Juscelino Filho

A Folha Uol destacou que a Procuradoria-Geral da República (PGR), em meio a investigações relacionadas a emendas parlamentares, conseguiu que a primeira denúncia apresentada pelo órgão fosse aceita na última semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou réus deputados do PL. No entanto,  o caso referente às suspeitas de corrupção que envolvem o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), permanece inconcluso .

O caso do ministro está sob a responsabilidade da equipe do procurador-geral da República, Paulo Gonet. O presidente Lula chegou a afirmar ao Uol, no ano passado, que Juscelino seria afastado se houvesse uma denúncia. Em 12 de junho de 2024, Juscelino foi indiciado pela Polícia Federal sob suspeita dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação. A PF concluiu que ele integrou uma organização criminosa que desviou recursos de obras de pavimentação custeadas com dinheiro público da estatal federal Codevasf.

Passado nove meses, a PGR ainda não se posicionou sobre o caso. No Supremo, o caso tramita sob a relatoria do ministro Flávio Dino e está sob sigilo. Em nota, à PGR informou à reportagem que “não divulga previsões sobre possíveis manifestações processuais” e “também não se manifesta sobre casos sigilosos, como é o referido processo”. A assessoria de Juscelino disse que “o inquérito conduzido pela Polícia Federal não apresentou qualquer prova concreta que sustente as acusações”. O comunicado disse ainda que “as alegações feitas não passam de suposições infundadas e desprovidas de embasamento”.

As suspeitas contra Juscelino envolvem irregularidades em obras executadas em Vitorino Freire-MA, na gestão da ex-prefeita Luanna Rezende, irmã do ministro, e bancadas por emendas parlamentares indicadas pelo ministro de Lula no período em que ele exercia o mandato de deputado federal. Um dos elementos utilizados pela PF é um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre uma das obras ter beneficiado propriedades da família do ministro.

Deixe um comentário:

Formulário de Comentários