Fundo para a assistência dos servidores estaduais até hoje sem explicação

Carlos Lula, ex-secretário de Saúde do Maranhão
Os servidores públicos estaduais do Maranhão têm direito a assistência à saúde, por meio do Fundo de Benefício do Servidor (Funbem). A assistência é custeada com alíquota de 3% sobre o salário-contribuição do servidor ativo, observado o valor máximo de contribuição de R$ 420,00, acrescida de 1% para cada um dos dependentes inscritos.
O fundo abastecido pelos servidores, que deveria ser usado para garantir um atendimento á saúde, foi usado para outras finalidades, não tão claras, na gestão do ex-secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula. No dia 16 de julho de 2018, por exemplo, foram transferidos R$ 150 milhões do Funbem para a conta corrente da Gerência de Estado e Planejamento e Gestão (Gov/Geplan).
Conforme apurado pela reportagem, houve ainda, entre 2015 e 2016, um repasse do Funbem para a Caixa Econômica Federal entre R$50 milhões e R$ 100 milhões. Logo após a inauguração do novo hospital do Servidor, em 2019, uma empresa de odontologia foi contratada para prestar atendimento na unidade de saúde, por aproximadamente R$ 700 mil. Conforme apurado, o valor do contrato foi repassado pela Secretaria de Administração para a Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh).
Segundo informações, nesse período a Emserh contabilizava os serviços no Hospital do Servidor, como sendo do SUS, pagando assim, os prestadores do hospital e da odontologia com recursos do SUS. Então, o que foi feito com os recursos do Funbem? Onde foram aplicados o dinheiro dos servidores contribuintes?