Prefeito que foi alvo da PF tem mandato cassado

Por Luís Pablo Política
 
Ary Menezes foi preso em dezembro do ano passado no âmbito da Operação Cangaço Eleitoral

Ary Menezes foi preso em dezembro do ano passado no âmbito da Operação Cangaço Eleitoral

A Justiça Eleitoral cassou, nesta sexta-feira (22), os mandatos do prefeito e do vice-prefeito de Nova Olinda do Maranhão, Ary Menezes e Ronildo Costa, respectivamente, por prática de abuso de poder econômico e oferecimento de vantagens ao eleitorado em troca de voto nas eleições de 2024.

A decisão foi assinada pela juíza da 80ª zona eleitoral de Santa Luzia do Paruá, Patrícia Bastos de Carvalho Correia. Além da cassação, Ary Menezes e Ronildo Costa foram declarados inelegíveis por oito anos. A magistrada também determinou a aplicação de multa no valor de R$ 25 mil para cada um, diante da gravidade da conduta e quantidade de pessoas envolvidas.

Em dezembro do ano passado, Ary Menezes foi preso no âmbito da Operação Cangaço Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal. A princípio ficou foragido após a decretação da prisão, mas se entregou dias depois, na sede da PF em São Luís.

A operação da PF  teve a finalidade de desarticular esquema criminoso de corrupção eleitoral através de aliciamento de eleitores e posterior compra de votos, seguido de atos de ameaça e intimidação com cobrança de valores e apoio político em favor de candidato a prefeito indicado pelo esquema.

Segundo a PF, durante as investigações, diversas pessoas relataram que foram abordadas por integrantes do esquema criminoso para aceitarem ofertas de valores, seja em dinheiro ou em materiais de construção. Entretanto, aquelas que mudaram de opinião política ou declararam que não votariam mais no candidato a prefeito indicado passaram a sofrer ameaças e represálias do grupo, incluindo intimidações com armas de fogo.

Ainda conforme a PF, outros noticiantes relataram terem sido vítimas de intimidação e ameaças realizadas por indivíduos armados associados ao grupo investigado. Nesses episódios, foram coagidas a remover materiais de propaganda política de candidatos adversários e a interromper atividades relacionadas à campanha eleitoral.

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