Após repercussão de atropelamento, empresário Marcelo do Peixe tenta intimidar empresários com acusações

Empresário Marcelo do Peixe
Após a grande repercussão do caso de atropelamento que chocou Imperatriz, o empresário Marcelo do Peixe, acusado de atingir duas mulheres com uma caminhonete Hilux e de deixar o local sem prestar socorro, passou a protagonizar um novo episódio polêmico.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, ele aparece denunciando dezenas de empresários do município de Governador Edison Lobão, numa aparente tentativa de intimidar e desviar o foco das acusações que pesam contra ele.
O caso do atropelamento, registrado em 25 de outubro de 2024, ganhou repercussão após câmeras de segurança mostrarem Marcelo descendo do veículo apenas para recolher o para-choque, ignorando as vítimas gravemente feridas. O comportamento, amplamente criticado nas redes e pela opinião pública, tornou-se símbolo de impunidade.
Agora, em uma reação vista como ato de desespero, Marcelo protocolou junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) e ao Ministério Público uma denúncia coletiva contra 32 empreendedores locais, a maioria atuante no setor de piscicultura e abate de animais.
O documento, ao qual a reportagem teve acesso, inclui nomes de produtores, comerciantes e até parentes de servidores públicos.
Entre os denunciados estão empresários de áreas como Pedra Branca, Ribeirãozinho da Roça, Estrada da Cachoeirinha e Bananal — regiões conhecidas pela produção de peixes e pequenos criatórios.
No vídeo, o empresário chega a citar o próprio pai na lista, numa tentativa de demonstrar “imparcialidade”, mas o gesto foi interpretado como manobra para legitimar denúncias feitas de forma aleatória e sem embasamento técnico.
Segundo fontes da prefeitura de Governador Edison Lobão, o documento foi entregue sem provas concretas, e muitos dos citados possuem licenças ambientais válidas. O caso é tratado internamente como retaliação a fiscalizações que identificaram irregularidades nas atividades do próprio Marcelo, que estaria operando sem as autorizações exigidas pelos órgãos competentes.
A prática de denúncia infundada pode configurar abuso de direito e tentativa de obstrução da justiça. E quando há indícios de que o denunciante age com o propósito de intimidar testemunhas ou desviar a atenção de suas próprias condutas, isso pode ser enquadrado como uso indevido do aparato administrativo público.
Enquanto as vítimas do atropelamento ainda lutam por justiça e reabilitação, o empresário Marcelo segue em liberdade.
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