Ricardo Teixeira mantém cargo na Fifa após renunciar na CBF
A renúncia de Ricardo Teixeira à presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e ao comando do COL (Comitê Olímpico Local da Copa do Mundo) não significa completo afastamento do dirigente do futebol. Ele ainda mantém um cargo na Fifa, no comitê executivo da entidade.
Mesmo após dizer adeus à CBF e à organização da Copa do Mundo, Teixeira continua a ocupar uma das 24 cadeiras no comitê, que é formado por membros escolhidos pelas confederações regionais. No caso do ex-chefão da CBF, sua indicação partiu da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).Em comunicado oficial, a Fifa afirmou que não recebeu nenhum documento de Teixeira ou da Conmebol a respeito de sua permanência no comitê e garantiu que o dirigente continua com seu posto na entidade.
A permanência de Teixeira na Fifa, no entanto, é incerta. O ex-presidente da CBF enfrenta uma série de acusações de corrupção. A entidade máxima do futebol diz que pode revelar em breve dados do caso ISL, que provariam o envolvimento de dirigentes – entre eles o brasileiro – no esquema de recebimento de propina para facilitar a vida da empresa de marketing esportivo.
Ricardo Teixeira comunicou sua renúncia nesta segunda-feira (12) por meio de carta, lida durante uma reunião da CBF por José Maria Marin, que assumiu a presidência da entidade em seu lugar.
O dirigente, que também enfrentava investigações sobre desvio de recursos de um amistoso da seleção em 2008, afirmou que deixa o comando da CBF para cuidar da saúde. Atualmente Teixeira vive nos Estados Unidos.