São Luís é a primeira no ranking das capitais mais endividadas do Nordeste

Por Luís Pablo Cidade
 

A pesquisa que traça a “Radiografia do endividamento das famílias nas capitais brasileiras”, elaborada e divulgada pela Federação do Comércio de São Paulo, na última semana., aponta São Luís entre as capitais com maior número de famílias endividadas do país.

Os dados demonstram que, em 2010, esse percentual era de 65,53%. No ano passado, a parcela de inadimplentes subiu para 76,88%.

Os resultados do documento apontam os principais indicadores de endividamento, revelando as dez capitais com taxas e valores mais relevantes, divididas entre as cinco com os maiores resultados e as cinco com os menores resultados.

O documento mostra o comportamento das principais variáveis que compõem o sistema de operações de empréstimos no Brasil nos dois últimos anos.

São Luís aparece entre as capitais que possuem os maiores índices do país. Quanto às principais variáveis de crédito nas capitais, ela aparece em primeiro lugar no ranking, entre as demais do Nordeste, em número de famílias endividadas.

Na comparação da variável entre a média de 2010 e 2011, a capital maranhense aparece com 18,75%. A dívida mensal das famílias na cidade é de R$ 1.174. Em 2010 eram 170,5 mil famílias com dívida. No ano passado, esse número subiu para 202,5 mil.

Para José Arteiro da Silva, presidente da Fecomércio/MA, esse número demonstra a facilidade de acesso ao crédito e a falta de política educativa.

“Não adianta praticar atos além do orçamento mensal porque vai sair mais caro. Antes de efetuar uma compra, o cliente precisa estudar seu orçamento para saber se vai honrar o débito, sob o risco de cair na inadimplência. Tornando-se inadimplente e entrando no cadastro nacional de proteção ao crédito interfere na vida de compra do cliente e venda do comércio”, ressaltou.

Em alguns casos, vale a pena adiar a compra por alguns meses para garantir o crédito e a adimplência. Sobre a contribuição dos cartões de crédito para esse crescimento da dívida, José Arteiro defende a necessidade de saber utilizar essa ferramenta.

“Os cartões não favorecem a inadimplência. Eles servem para auxiliar o cliente, é um dinheiro mundial, aceito em qualquer lugar. O que devemos orientar o maranhense é que mesmo encontrando facilidade, sempre avaliar se o gasto vai caber no orçamento”, completou.

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