Caso Décio: “eu e o Gláucio éramos apenas concorrentes”, diz agiota Pacovan

Por Luís Pablo Crime
 

Jully Camilo / Jornal Pequeno

Prosseguiram ontem (8) no Fórum Desembargador Sarney Costa (Calhau) as oitivas das pessoas arroladas pela acusação, referentes ao processo que apura o assassinato do jornalista Décio Sá.

Um dos depoentes foi o comerciante Josival Cavalcanti da Silva, o “Pacovan”. Ele foi preso em maio de 2011, durante a “operação Usura”, da Polícia Federal, em São João do Paraíso (a 764 quilômetros de São Luís). Contra Pacovan pesam suspeitas de prática de agiotagem não só em São João do Paraíso, mas também em outros municípios, entre eles Bacabal, Santa Luzia do Paruá, Zé Doca e Miranda do Norte.

Agiota Pacovan

Agiota Pacovan

“Pacovan”, o primeiro na ordem dos inquiridos, ontem, pediu que os acusados fossem retirados do auditório durante o seu depoimento, mas não relatou nenhum fato polêmico ou algo que pudesse mudar o curso do processo.

Ele informou, em seu depoimento, que não conhecia os denunciados pela morte do jornalista. Disse apenas que já havia visto Gláucio Alencar – principal suspeito de ter mandado matar Décio –, mas que não tinha amizade com o mesmo. Ele relatou que soube da morte de Décio Sá pelos jornais e ficou surpreso com a notícia.

“Eu e o Gláucio éramos apenas concorrentes, porque ele tem loja de revenda de automóveis e eu também, mas não sei dos negócios dele e nem o que ele fazia. Em relação ao jornalista, não o conhecia, apesar de ele ter publicado posts sobre a minha prisão pela PF. Entretanto, nunca ofereci dinheiro a ele para que ficasse calado e nem recebi qualquer proposta da parte do Décio. Em relação à minha prisão, na época foi dito que eu realizava negócios ilícitos com a Prefeitura de São João do Paraíso, mas na verdade eu havia revendido uns carros para o prefeito Raimundo Galdino Leite, o “Boca Quente”, como pessoa física, e os cheques que recebi foram deles e não do Município”, disse “Pacovan”.

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