Sobrinho de Marly Sarney estuda ação contra Fundação Sarney
Ernesto Batista / Agência Estado
O presidente seccional maranhense da Ordem dos advogados do Brasil, Mario Macieira, sobrinho da esposa do tetrapresidente Senado, Dona Marly Macieira Sarney, disse que a lei 259/11, aprovada pela Assembleia do Maranhão, que prevê a estadualização da Fundação José Sarney, “aparentemente” é inconstitucional e que a entidade já estuda a possibilidade de entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a aplicação da lei.“Não quero afirmar categoricamente sem antes ver o texto final, mas aparentemente esta lei é inconstitucional. E já estamos discutindo a possibilidade de entrar com uma Adin neste caso”, disse o advogado cerca de duas horas depois que o projeto de lei foi votado e aprovado por maioria dos deputados estaduais maranhenses.
Ontem os deputados estaduais do Maranhão aprovaram a estadualização da Fundação José Sarney, que foi criada pelo atual presidente do senado e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) no final dos anos 80 para guardar os itens que reuniu na época em que era Presidente da República.
Na sessão, compareceram 38 dos 42 parlamentares e apenas oito votaram contra – todos do bloco de oposição. Antes, os deputados estaduais maranhenses haviam aprovado por 32 votos a favor e três contra, o relatório da comissão de Constituição e Justiça que declarava a constitucionalidade do projeto de lei do governo, que havia sido encaminhado no final da semana passada, com pedido de urgência.
O líder da oposição na Assembleia Legislativa do Maranhão, Marcelo Tavares (PSB), que tentou articular a reação contra o PL 256/11, do executivo estadual, também afirmou que estuda o como entrar com uma Adin.
“Estou procurando o caminho mais curto. Já sei que pela mesa diretora da casa não poderei fazer uma vez que o governo tem maioria entre os membros da mesa diretora. Ainda restam os partidos e a OAB, porém o meu partido (PSB) faz parte da base governista no âmbito federal junto com o PMDB e não sei se conseguirei conversar a executiva nacional a entrar com a Adin, mas ainda me resta a provocar a OAB”, disse Tavares.