A droga da morte chega ao Maranhão pela Bolívia

Por Luís Pablo Maranhão / Polícia
 

Usuário consumindo crack no bairro João Paulo

O crack consumido, em larga escala, no Maranhão, atravessa uma grande extensão do território maranhense para chegar a São Luís. A droga é produzida na Bolívia e sai do país e entra no Brasil, via rodoviária, pela cidade da Cáceres, no Mato Grosso, seguindo até o Tocantins e pela ponte Dom Felipe Gregory entra em Imperatriz e por via rodoviária (BRs-010, 222 e 135) chega a São Luís.

Outra rota de entrada da droga é através do estado do Pará, chegando à Reserva do Gurupí e dali para São Luís. Parte da droga é distribuída entre traficantes da capital e outra segue para outras capitais e países. Dessa forma, está consolidada a rota do tráfico internacional de drogas ao Maranhão.

O crack é uma droga que demorou chegar à capital, mas logo passou a ocupar o primeiro lugar em consumo, dominando o narcotráfico, atingindo números assustadores de crescimento de usuários, constituindo-se em uma verdadeira epidemia que desafia as autoridades da Segurança e da Saúde Pública.

Em um ano a apreensão de crack pela Polícia cresceu muito. A droga é a forma menos pura da cocaína e tem poder infinitamente maior de gerar dependência, a fumaça chega muito mais rápido ao cérebro e com potência extrema. Ao prazer intenso e efêmero, segue-se a urgência da repetição.

Os usuários além de se tornarem alvos de graves doenças circulatórias e, principalmente, pulmonares que levam à morte, assim como se expõem a situações de violência e de perigo que também podem matá-los.

O delegado Cláudio Mendes Pereira, titular do Departamento de Narcóticos da Superintendência Estadual de Investigações Criminais, informou que o crack se tornou uma verdadeira epidemia no Maranhão.

Em 2010, a polícia conseguiu apreender 56.405,149 gramas de crack somente em São Luís e prendeu em flagrante 93 homens e 36 mulheres.

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