O Imparcial:

Quem deixou a capital já no primeiro dia do feriadão pela nossa fatídica BR-135 teve que ter paciência. Um engavetamento de seis carros atrasou a viagem de muita gente na manhã de ontem. O engarrafamento durou quase toda a manhã. Por volta das 11h, o fluxo dos carros que deixavam a capital melhorou.

Somente durante a manhã, foram registrados quatro acidentes no trecho inicial da BR-135. Todos apenas com danos materiais. O primeiro foi registrado logo às 5h30, no km 33.5. O segundo foi o que causou mais transtornos. Por volta das 6h, seis carros engavetaram.

As 15 pessoas que ocupavam os veículos saíram ilesas. No registro da PRF não constavam as marcas de todos os carros e as placas. A partir daí a trafegabilidade na estrada foi dificultada. Além da lentidão pela batida, a PRF estava rigorosa na abordagem de todos os veículos que passavam em virtude da operação Semana Santa, iniciada na madrugada de ontem. 30 agentes da PRF faziam o trabalho de fiscalização.

Ainda foram registradas mais duas colisões na manhã. Uma no km 39, às 8h10 e outra no km 40, ás 8h45. Assim como as outras, ninguém se feriu. Nas quatro ocorrências, a PRF demarcou como causa a falta de preservação da distância de segurança, sendo que todas foram colisões traseiras.

O agente Berredo, que tomava conta do posto da PRF na BR-135, corria para fazer as anotações enquanto conversava com nossa equipe. Ele lamentava a falta de atenção dos motoristas, que prejudicavam ainda mais a saída pela pressa demasiada.

A movimentação foi grande no retorno do São Cristovão, tradicional ponto de concentração para carros tipo lotação e vans. Quem tentava deixar a capital neste ponto estava tendo dificuldade para encontrar uma condução. Apesar de existirem mais veículos circulando do que o habitual, a demanda era muito maior, e a lógica do mercado se fez: muita procura e pouca oferta = preços abusivos.

A comerciante Maria das Dores Lopes, 52 anos, lutava para encontrar uma condução que a levasse a Itapecuru-Mirim, para passar o feriadão com a mãe. Ela reclamou do aumento exorbitante dos preços.

O condutor de um lotação, que se identificou apenas como Daniel, ao final da manhã, havia feito apenas uma corrida para Barreirinhas. A corrida para a cidade, que geralmente custa R$30, estava custando R$ 50. Ele justificou o superfaturamento pela lentidão no trânsito, que o fazia gastar mais combustível e lhe dava tempo de fazer menos viagens.

A Operação Semana santa, da PRF, encerra no próximo domingo. A operação intitulada “Uma luz para a vida – acenda os faróis”, tem o intuito de reduzir o número de acidentes de trânsito e de mortes nas rodovias federais.

Todo o efetivo da superintendência regional da PRF, inclusive os policiais que trabalham na área administrativa reforçarão as escalas de revezamento nos postos fixos e em viaturas de patrulhamento móvel. Serão observados os documentos de veículos e de condutores, além da existência de equipamentos obrigatórios como luzes, setas e pisca-alerta, cinto de segurança, extintor, estepe, chave de rodas, macaco e triângulo.