Briga entre o Governo e a Prefeitura poderá prejudicar a saúde do estado

Por Luís Pablo Maranhão
 

Da Folha

O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, afirmou que vai investigar a situação das UPAs no Maranhão. Se elas não estiverem integradas à rede de urgência, disse, poderão deixar de receber verbas federais.

Ambulância chega ao Hospital Dr. Clementino, que enfrenta superlotação

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“Como essa situação nos parece excepcional, vamos, evidentemente, tomar providências. Em tese, [as UPAs] podem ser descredenciadas.”

Das cinco UPAs da Grande São Luís, três foram construídas em parceria com o ministério, que arcou com 30% dos investimentos. Recebem R$ 600 mil por mês da União -cerca de 20% do custeio.

De acordo com Magalhães, as UPAs podem reencaminhar pacientes para outras unidades em casos específicos -por exemplo, quando estão superlotadas.

“Pode ter essa possibilidade em um dado momento, mas não pode ser um acerto definitivo”, explicou.

Pacientes aguardam atendimento médico em hospital superlotado de MA

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Isso quer dizer que, se a Prefeitura de São Luís e o Estado tiverem feito um acordo que impeça o Samu de levar seus pacientes às UPAs, a situação é irregular.

O ministro Alexandre Padilha esteve em São Luís há duas semanas. Em visita à UPA Araçagi, ele fez elogios ao modelo no Estado.

Questionado sobre o episódio, o secretário disse que o ministro não sabia do impasse local. “[Padilha] Foi informado apenas de que havia negociações”, afirmou.

Segundo Magalhães, mais de 20 Estados já apresentaram ao ministério a proposta de funcionamento de suas redes de urgência -em todos, UPAs e Samu trabalham de forma integrada.

O Maranhão, segundo o secretário, ainda não apresentou sua proposta.

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