Juiz defende estado de emergência em sistema prisional do Maranhão
Titular da 1ª Vara de Execuções Penais de São Luís, o juiz Roberto de Paula defendeu a decretação de estado de emergência no sistema penitenciário do Estado. A afirmação do magistrado aconteceu um dia após a rebelião na Casa de Detenção (Cadet) de Pedrinhas, em São Luís, onde nove pessoas morreram após confronto entre duas facções criminosas.
“É preciso a governadora baixar um decreto, declarando emergência no Estado e que sejam construídas de forma urgente unidades prisionais tanto na capital, como no interior. O sistema prisional entrou em colapso, então é preciso que haja, urgentemente, investimento na construção de unidades prisionais”, declarou o juiz.O tumulto começou depois que agentes penitenciários descobriram um túnel em uma das celas, por onde fugiria, 65 detentos. Dentro, já havia até iluminação. Revoltados, os detentos quebraram grades e queimaram colchões.
Segundo a polícia, grupos rivais se encontraram e houve confronto. Aos poucos, os feridos, alguns baleados, foram retirados de dentro do presídio e levados para o hospital. Vários presos ficaram amontoados nas ambulâncias, que não foram suficientes. Alguns foram levados na carroceria de caminhonetes. A segurança teve que ser reforçada nos hospitais, onde a polícia teria impedido uma tentativa de resgate de presos.
Além dos nove detentos mortos, 20 presos ficaram feridos. Parentes passaram a noite em busca de informações. Um grupo chegou a atacar com pedras a entrada do presídio. A situação só foi controlada com a chegada do Batalhão de Choque.
Perto do presídio, um ônibus foi incendiado. Segundo a polícia, uma retaliação de grupos criminosos às mortes durante a rebelião. Foi o primeiro de uma sequência de sete ônibus incendiados na cidade.Todos os presos foram transferidos da Cadet ao presídio ao lado. A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) disse que vai contratar mais 150 monitores para reforçar a segurança no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
“Estamos iniciando um mutirão para que em cinco dias, no máximo, a gente consiga consertar não só a Cadet, e criar outras situações de contenção para garantir a integridade dos servidores e dos presos que voltarão para essa unidade”, explicou o secretário Sebastião Uchôa.
11/10/2013 às 09:28
Uma noticia boa.vão liberar hoje 200 presos de pedrinhas para passar o dia das crianças em casa.em uma péssima hora!quantos desses devem voltar???
16/10/2013 às 03:28
Aprovo essa medida, mas junto com ela o crime de responsabilidade para a governadora porque essa situação persiste desde seu primeiro mandato e a Justiça não faz nada. Agora vem com esse cheque em branco para mais gastos desenfreados nesse mar de corrupção que se tornou o governo do Maranhão…