Em São Luís, médicos reclamam de condições dos Socorrões I e II
Os presidentes do Conselho Regional de Medicina (CRM-MA) e do Sindicato dos Médicos foram, nesta sexta-feira (29), ao Ministério Público, em São Luís, para formalizar queixa das condições de trabalho nos principais hospitais de urgência e emergência do município, Hospital Djalma Marques (Socorrão I) e Hospital Dr. Clementino Moura (Socorrão II).
“Está faltando anestésicos, medicamentos e luvas. Então, ficou uma situação impossível de se trabalhar. Além disso, nossa queixa é o atraso do pagamento dos nossos salários”, disse o presidente do Sindicato dos Médicso, Adolfo Paraíso.
Representantes da Secretaria de Saúde de São Luís e da Procuradoria Geral do município participaram da audiência. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado entre representantes da Prefeitura de São Luís e o CRM-MA.De acordo com a Promotoria de Saúde, a assinatura de um TAC foi o primeiro passo para atender às reivindicações dos médicos. “A intenção do TAC é regular a questão da contratação dos médicos e evitar que ocorra novamente o desabastecimento da rede”, explicou o promotor de Saúde, Herbeth Figueiredo.
Sobre os problemas dos hospitais municipais, a Procuradoria Geral do Município informou que uma segunda reunião para tratar do assunto foi marcada para 2014.
Outra denúncia – O CRM também apresentou ao Ministério Público reclamação contra uma médica cubana do ‘Programa Mais Médicos’ de Barra do Corda, a 462 km de São Luís. Segundo o Conselho, um paciente do município recebeu uma receita para comprar um medicamento de uso veterinário (metocarbamol). Uma cópia da receita com o nome do remédio e da médica foi anexada aos documentos entregues à Promotoria de Saúde.
Para o presidente do Conselho, Abdon Murad, faltou instrução. “Ela prescreveu o remédio de uso veterinário, que aqui no Brasil não é vendido para humanos. Ela não foi preparada e não deve ter recebido um livro com a lista dos medicamentos legais no Brasil”, disse.
Já o promotor da Saúde falou sobre a responsabilidade penal. “Tem que apurar a responsabilidade penal, porque esse é um caso de lesão corporal grave, administração de remédios errada”, explicou o promotor.
O Ministério da Saúde confirmou prescrição da médica cubana. No Brasil , o remédio só é usado em animais, mas em outros países, inclusive em Cuba, é usado como relaxante muscular para humanos. O Ministério afirmou ainda que a profissional recebeu a lista de todos os medicamentos registrados no país, e que o paciente não chegou a comprar o remédio. Após avaliação do caso, ficou decidido manter a médica no programa.
(Com informações do G1MA)