Mãe de Ana Clara está sob efeito de calmantes após saber da morte
A maranhense Juliane Carvalho Santos, 22 anos, está sob efeito de medicação desde que soube que a filha Ana Clara, de 6 anos, morreu após ter 95% do corpo queimado nos ataques a ônibus ocorridos em São Luís. Quatro coletivos foram incendiados no dia 3 de janeiro. Três dias depois, a menina, que estava em um dos ônibus com a mãe e a irmã, não resistiu à gravidade dos ferimentos e faleceu.
Juliane teve alta hospitalar nessa segunda-feira (10) do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília, onde passou 30 dias internada, com queimaduras em mais de 40% do corpo.Para fazer o comunicado, na terça-feira, foi convocada uma reunião familiar, onde estiveram tias, primas, irmãos e a mãe de Juliane. A filha mais nova, Lorrane Beatriz, de um ano e meio e que também foi vítima dos ataques, chegou na segunda-feira em Brasília, em companhia da tia, Georgiana.
“Ela tomou calmante antes. A gente nem chegou a falar. Logo ela começou a gritar que não queria saber, passou mal, se debateu. O que é normal. Depois, se acalmou e abraçou todo mundo. Desde então ela tem chorado com frequência”, disse a mãe, Filomena Carvalho.
Juliane está tomando calmantes, além de medicamentos para a recuperação da pele, usando óleos e protetor solar. Apesar de já ter obtido alta, ela permanece em Brasília até o fim do tratamento. Atualmente, vai três vezes por semana para o Hospital Regional da Asa Norte para fazer curativos e fisioterapia.
“Não tem previsão de quanto tempo ainda vamos ficar aqui. A gente não pensou ainda em como será o retorno para casa depois disso tudo.O coração está triste, mas temos que sobreviver, colocar Deus na frente de tudo. Vamos tocar a vida”, concluiu Filomena. (Com informações do G1MA)