“A Instituição está agindo dentro da legalidade”, diz CEUMA sobre cobrança

Por Luís Pablo Maranhão
 

Universidade Ceuma

Universidade Ceuma

Após protestos dos estudantes do curso de Medicina, que ocorreu na manhã desta sexta-feira (03) nos corredores do Ceuma Renascença, contra a cobrança de diferença financeira de semestralidade a acadêmicos do curso mantidos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), a Universidade se manifestou sobre o caso.

Em nota, a instituição disse que a cobrança do pagamento da diferença pelo estudante financiado está dentro da legalidade e prevista nas regras do Fundo.

O Ceuma afirma que o valor estabelecido pelo MEC em 2016 como teto para o FIES é inferior ao valor da semestralidade do curso de medicina da Universidade e por isso a cobrança da diferença é justa e necessária para que se mantenha a estabilidade financeira do curso.

NOTA DA UNIVERSIDADE CEUMA:

A Universidade CEUMA vem através desta se manifestar e esclarecer fatos quanto ao questionamento apresentado sobre a cobrança da diferença da semestralidade dos alunos de Medicina. Dessa forma, esclarecemos que:

a. A limitação do valor máximo da semestralidade do curso a ser financiado pelo FIES está prevista no § 2º, do art. 25 da Portaria Normativa/MEC nº 01 de 22/01/2010 que afirma:

“O agente operador do FIESpoderá estipular valores máximos e mínimos para financiamento ao estudante e para adesão das entidades mantenedoras ao Fundo, bem como para os seus respectivos aditamentos, mediante a implementação de mecanismo para essa finalidade no Sistema Informatizado do FIES (Sisfies);

b. O valor estabelecido pelo MEC em 2016 como teto para o FIES é inferior ao valor da semestralidade do curso de medicina da Universidade CEUMA;

c. O Contrato de Abertura de Crédito para Financiamento Estudantil, celebrado entre o Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE) e o estudante, determina na sua cláusula segunda:
“O valor dos encargos educacionais totais financiados pelo FIES observará, para todos os fins, o limite de financiamento autorizado semestralmente pelo MEC”;

E no parágrafo único, da cláusula quinta:

“Eventual diferença decorrente do percentual de financiamento estabelecido neste contrato e o valor total do encargo educacional praticado pela IES no âmbito do FIES será cobrado mediante utilização de recursos próprios do (a) FINANCIADO(A)”.

Diante do exposto, a Universidade CEUMA se sentiu obrigada a cobrar a diferença entre o valor financiado pelo FIES no semestre e o valor da semestralidade, de todos os alunos de medicina que se encontram nessa situação, visto não haver outra forma de manter a estabilidade financeira do curso.

A Instituição está certa que está agindo dentro da legalidade e com a devida transparência com seus alunos. Por isso, manterá a central de atendimento financeiro à disposição para que os alunos busquem informações e possibilidades de negociação, visando meios para realização do pagamento, de forma satisfatória para ambas as partes.

Atenciosamente,
Saulo Henrique B. M. Martins
REITOR DA UNIVERSIDADE CEUMA

2 comentários em ““A Instituição está agindo dentro da legalidade”, diz CEUMA sobre cobrança”

  1. Marcelo

    Taxa totalmente abusiva, como você consegue um financiamento de 100%, e a universidade quer cobrar valor a mais , valor esse que está sendo igualitário a quem não possui o financiamento ,ou seja o aluno do fies irá pagar mais do que o aluno que não possui financiamento , especificando que é um financiamento ao se formar todos iram pagar , curso que não oferece o serviço de qualidade pelo valor que é cobrado ,esse reitor disse que procurou alunos para diálogo pura mentira foi procurado várias vezes durante todo semestre e nada teve-se como resposta em fim falta de respeito com os alunos ,o que acontece como outras faculdades do Brasil o fies aceita um percentual de 6,4% de aumento anual e o Ceuma aumenta 10% e quer que os alunos paguem a diferença isso não existe !!!!

  2. Igor

    Tem que ver exatamente o que a universidade está cobrando.. Se é uma taxa extra, diferenciando do valor pago pelos estudantes sem financiamento, aí entendo que a cobrança é indevida e ilegal. Agora, caso o financiamento não cubra a totalidade da mensalidade, infelizmente esse valor tem de ser repassado a alguém. Não sei de quanto se trata a quantia mas tendo em vista que o curso de Medicina é caríssimo, não deve ser barato e provavelmente os estudantes que possuem o financiamento não devem ter uma condição financeira tão boa para arcar com isto. Cabe a universidade facilitar o pagamento destes valores a fim de que os estudantes não sejam impedidos de prosseguir com os estudos. O limite de reajuste de 6,4% ao ano não existe desde 2015. Como a inflação fechou em mais de 10% ano passado, é de se esperar que o aumento da mensalidade seja aproximado deste %. O problema que a universidade deve estar enfrentando é quanto ao valor da renovação que não pode ultrapassar R$40.000,00 por semestre, que é uma quantia exorbitante.

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