Caso Décio: deputado Raimundo Cutrim poderá prestar depoimento
No depoimento do assassino, o nome do parlamentar foi citado como um dos principais mandantes da morte do jornalista. O executor diz que um dos agenciadores da morte de Décio – José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha” – teria revelado a ele que Cutrim seria o principal mandante do crime.
Raimundo Cutrim, por sua vez, negou qualquer envolvimento na morte de Décio Sá. E colocou à disposição da polícia e do Ministério Público seu sigilo telefônico e bancário. Além disso, o deputado pediu que a apuração seja mais aprofundada para que os fatos demonstrem que não há participação dele no caso.
Em entrevista hoje, 22, à rádio Mirante AM, o secretário Aluísio Mendes (Segurança) afirmou que, sobre a suposta participação de Raimundo Cutrim no crime, outros depoimentos foram tomados e que todas as informações passadas pelo executor serão investigadas. Ele preferiu não revelar se o nome do deputado foi mencionado por outros depoentes.“Nós temos vários indícios da participação de mais pessoas, mas não vamos ser levianos e irreponsáveis para acusar A, B ou C. Tudo que ele [o executor do jornalista] disse está sendo investigado com profundidade. Não vamos dizer que é verdade ou mentira, antes que seja tudo esclarecido”, disse.
Na entrevista, Aluísio Mendes confirmou o afastamento de dois policias da SEIC do caso Décio. Segundo o secretário, eles têm relação de amizade com Júnior Bolinha, e foram afastados das investigações para evitar qualquer tipo de ingerência.