Gravações reforçam suspeita de extorsão praticada por delegada
A delegada Clenir Reis, suspeita de receber dinheiro para não investigar crimes de agressão e estupro, está em uma cela improvisada no prédio da Superintendência de Crimes Funcionais, em São Luís.
O pedido de prisão preventiva foi feito pela polícia, após uma investigação que vinha sendo feita há mais de seis meses, e que apontou vários indícios de que a delegada cometia extorsão.
Apesar da prisão, a polícia ainda não informou quanto a delegada poderia ter lucrado com a prática e há quanto tempo que ela vinha cometendo este tipo de crime. Agora a polícia terá dez dias para concluir o inquérito e dizer se ela possui envolvimento com os casos denunciados.
As gravações entregues ao Ministério Público e à Polícia Civil foram realizadas por um blogueiro que mora em Imperatriz. Por várias vezes ele teria conversado com a delegada e se suposto comparsa, que também está preso.
Segundo as investigações, o homem identificado até o momento apenas por Júnior que intermediava o esquema para o pagamento de propina, em troca da suspensão de investigações.
“Esses agentes extras, essas pessoas alheias ao quadro da polícia iam até as vítimas e a partir daí, usando de métodos pouco convencionais, republicanos, passavam a exigir vantagens para que esse procedimentos não fossem efetivamente instaurados”, explicou o delegado Vital Rodrigues, da delegacia regional de Imperatriz.
Em uma destas gravações, a delegada informa ao blogueiro sobre denúncias feitas contra ele por um empresário da cidade. Toda a conversa de mais de 50 minutos foi gravada por um telefone celular.
O material será utilizado como prova dos crimes supostamente praticados pela delegada. E a polícia acredita que eles foram muitos, afinal várias pessoas já teriam prestado depoimentos, confirmando as denúncias.
(Com informações do G1MA)