Triste realidade! 65% dos jovens no Coroadinho estão envolvidos em crimes
G1MA
No Coroadinho, a quarta maior favela do país e a primeira do Norte e Nordeste – segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE) – pelo menos 65% dos jovens estão envolvidos em crimes ou consomem algum tipo de droga, enquanto 70% das famílias ganham menos de um salário mínimo, hoje, cotado no valor de R$ 788.
Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada pela ONG Instituto Cidadania Ativa. O estudo traçou o perfil da região, em relação à violência social, com ajuda de dados sociais: informações recebidas por denúncias anônimas e entrevistas com famílias moradoras do bairro.
“A partir de um momento que você tem um jovem que é criado em família que ganha menos de um salário mínimo, que não tem uma boa escola, uma boa alimentação, ele é uma mão de obra de fácil captação para o mundo do crime”, afirmou Maurício Miguel, presidente da ONG.
Para o juiz Roberto de Paula, que trabalhou 17 anos na Vara de Execuções Penais, as facções criminosas, que se organizaram dentro dos presídios, avançaram para os bairros e aumentaram os índices de criminalidade em São Luís.
Além da violência, o Coroadinho sofre com a ausência do poder público e isso contribuiu para que que as facções tomassem uma dimensão expressiva. O juiz diz que estudos mostram diminuição da criminalidade nas comunidades onde há investimento em saúde, trabalho, infraestrutura, moradia, educação e saneamento básico.
“Não se combate violência só com repressão. É preciso que haja inclusão social. Na hora que o estado intervém, tanto com as forças de segurança como com as políticas de inclusão social, todos os estudos demonstram isso, consequentemente se diminui a violência”, observou.
Entenda o caso
A guerra entre facções rivais pelo controle do tráfico de drogas resultou em oito mortes em 16 dias, média de uma vítima dos criminosos a cada dois dias. Os casos mais recentes envolvem a morte de um comerciante e três suspeitos de envolvimento no crime organizado.
Além disso, mais de 50 famílias foram expulsas de casa por traficantes que comandam o crime na região do Coroadinho. Nesta quarta-feira (17), a polícia realizou uma operação de ocupação no bairro para garantir que novos casos não fossem registrados.
20/06/2015 às 17:40
Me preocupo com esse tipo de pesquisa, sua metodologia uma vez mal utilizada pode gerar resultados equivocados e sérios problemas para a comunidade. Estigmas e estereótipos que podem ser danosos para os jovens em busca de empregos. Lendo essa reportagem, quem empregará alguém deste bairro?
Ana Valéria
20/06/2015 às 22:54
Pergunte pros Sarneys o q eles acham desse desastre social.
22/06/2015 às 13:29
Pesquisa mentirosa e mal intencionada, pois aqui no Coroadinho os jovens trabalham desde pequenos, muitos podem até cair no mundo das drogas, mas não é essa porcentagem toda. Essa pesquisa pode ter sido baseada pelos relatos das mídias em cima dos últimos acontecimentos no polo Coroadinho.
Farmacêutico Assan kaid.