Polícia faz operação contra esquema de pirâmide de empréstimos consignados

Por Luís Pablo Polícia
 
Material apreendido em Zé Doca durante operação da Polícia Civil; Charleylson Bezerra da Silva preso em Zé Doca por crimes de estelionato

Material apreendido em Zé Doca durante operação da Polícia Civil; Charleylson Bezerra da Silva preso em Zé Doca por crimes de estelionato

A Polícia Civil cumpriu 14 mandados judiciais no Maranhão entre busca e apreensão e prisão, nas cidade de Zé Doca, São João do Caru e Bom Jardim durante a Operação Queóps (faraó egípcio famoso pela falta de piedade).

As ações são parte de uma operação deflagrada também no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília para desarticular uma quadrilha que aplicava golpes principalmente em servidores públicos. Ao todo, foram seis mandados de prisão temporária e 36 de busca e apreensão nos quatro estados.

No Maranhão, Charleylson Bezerra da Silva foi preso em Zé Doca. No momento da abordagem, uma arma de fogo foi encontrada com Charleylson.

A polícia identificou Roniel Cardoso dos Santos como líder do grupo. Ele foi preso logo cedo no Rio de Janeiro. São investigados também Gabriel Almeida Piquet de Oliveira, Luciene Assunção Silva e Luana Cardoso e outras sete pessoas pelos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

A ação no Maranhão foi coordenada pela Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI) com o apoio da Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC). Fez parte da operação a apreensão de aproximadamente R$ 50 milhões em bens e contas bancárias dos alvos da operação.

Segundo consta na investigação, a quadrilha escolhia servidores públicos e as vezes outro tipo de vítima para que contraíssem empréstimos consignados. Depois, sugeriam às vítimas que aplicassem o dinheiro em investimentos fictícios. A quadrilha prometia ganhos enormes que fugiam da realidade do mercado.

Nos primeiros meses, o grupo repassava pequenos valores às vítimas como “retorno” dos investimentos fictícios. Depois de alguns meses, as vítimas eram lesadas financeiramente. Um das forma usadas pelos investigados para atrair as vítimas, segundo a polícia, eram com fotos de ostentação e em suas empresas que passavam a certeza de ganhos.

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