Jorge Rachid tirou o dele do ponto
Claro, Rachid é ligado ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, de quem foi secretário de Segurança na mesma gestão em que, Tatá Milhomem (DEM) foi chefe da Casa Civil. Difícil imaginar que a decisão de Jorge Rachid, ainda que legalmente jurídica, pela cassação do mandato de Weba, não tivesse uma conotação de amizade.
A decisão de ficar fora do processo do julgamento, foi acertada. Até porque o réu no caso (Hemetério Weba) poderia arguir as relações de Rachid com Lobão e Milhomem, sendo este o último o beneficiário da cassação do deputado. Tatá Milhomem é o primeiro suplente da coligação de Weba e é quem deve assumir por definitivo o mandato parlamentar.
A situação jurídica do réu é tão complicada, quanto a da política. Ele, na maioria dos municípios onde foi votado, trabalhou pela candidatura de Flávio Dino (PC do B), rival de Roseana Sarney.
Além disso, tem enfrentamento político com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB).
Para ter o seu mandato cassado, não basta Hemetério Weba ter se compartilhado a Flávio Dino e nem ser adversário político de Arnaldo Melo. É uma questão da aplicação da lei vigente, infringida de forma descarada e voluntária por Weba. Ele transgrediu as leis.