PF esclarece dados da investigação sobre agiotagem no Estado

Por Luís Pablo Polícia / Política
 

O Superintendente da Polícia Federal no Maranhão, Cristiano Sampaio, confirmou, nesta sexta-feira (3), que três delegados da instituição vão conduzir o conjunto de inquéritos que investiga o desvio de recursos públicos federais no Estado por quadrilhas de agiotas. O delegado também informou que, pelo menos, três quadrilhas realizavam essa prática criminosa.

Superintendente da Polícia Federal no Maranhão, Cristiano Sampaio

Superintendente da Polícia Federal no Maranhão, Cristiano Sampaio

“É um grupo dentro da Polícia Federal que já tem o conhecimento dessa prática, o know-how nesse tipo de investigação. Esses 41 inquéritos estão sendo encaminhados para esse grupo. A ideia é que possamos ter um tratamento uniforme, para que a gente possa ter o andamento mais rápido e a conclusão mais célere das investigações”, explicou.

Ao todo, 41 prefeituras serão investigadas pelo chamado Grupo de Repressão ao Desvio de Recursos Públicos. A investigação da PF levará em consideração os documentos e provas obtidos pela Polícia Civil durante a Operação Detonando, que investigou o assassinato do jornalista Décio Sá e que descobriu uma rede de agiotagem, que atuava no Maranhão.

“São diversos crimes, desde falsificação de documentos, fraude a licitação, desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva, um rosário de crimes que certamente serão imputados aos responsáveis”, completou o superintendente.

Sobre a participação do delegado da Polícia Federal, Pedro Meireles, no esquema de agiotagem, Cristiano Sampaio esclareceu a sindicância interna aberta após a citação do nome do delegado Pedro Meireles nas investigações.

“A Polícia Federal tem uma preocupação muito grande em não levantar falsas hipóteses; então a Polícia Federal busca apurar e comprovar. O que está sendo feito hoje é buscar comprovar tudo aquilo que foi dito. Se algo do que foi dito que implicar em responsabilidade for característica para justificar, o afastamento do cargo haverá sem dúvida. Agora, a Polícia Federal tem uma preocupação muito grande de trabalhar em cima de fatos e não em cima de possibilidades”, finalizou o superintendente. (Com informações do G1MA)

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