Jully Camilo / Jornal Pequeno

Bancários de todo o estado – das instituições privadas e públicas – vão paralisar suas atividades por tempo geral e indeterminado, a partir de quinta-feira (19). O movimento é de cunho nacional, e foi deliberado durante assembleias regionais, que definiram como pauta a ser discutida com os banqueiros: reajuste salarial, isonomia, segurança, saúde, contratação de mais bancários, respeito à “lei das filas”, entre outros pontos.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA), Eloy Natan Nascimento, a categoria soma 4.200 bancários em todo o estado, distribuídos em 300 pontos de atendimento, entre instituições públicas e privadas.

O sindicalista informou que houve impasse entre banqueiros e bancários na rodada mais recente de negociações, que ocorreu no último dia 5.

“Nossa pauta contempla vários itens, entre eles o reajuste imediato de 22%, referente ao plano de reposição salarial. Porém, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) contrapôs com um percentual de apenas 6,1%, e nada ofereceu no que se refere aos demais pontos reivindicados”, afirmou Eloy.

De acordo com o sindicalista, apenas no primeiro semestre deste ano, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander e HSBC teriam lucrado juntos, mais de 29 bilhões.

Por isso, os bancários reivindicam também Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 25% do lucro líquido, distribuído de forma linear; e piso salarial inicial, conforme prevê o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de R$ 2.860,21.

“Atualmente, o salário inicial praticado pelos banqueiros é de R$ 1.519, muito abaixo do valor estipulado pelo piso”, informou o sindicalista.

Durante a greve, serão mantidos apenas os serviços dos correspondentes bancários, lotéricas e autoatendimento.