Chamem a polícia! Prefeito de Santa Inês faz insinuações graves contra juíza

Por Luís Pablo Política
 

Larissa Tupinambá Castro e o prefeito Ribamar Alves

Larissa Tupinambá Castro e o prefeito Ribamar Alves

Em nota encaminhado à imprensa, o prefeito do município de Santa Inês, Ribamar Alves, fez graves insinuações contra a juíza Larissa Tupinambá Castro, da da 2ª Vara daquela Comarca.

O prefeito, que é acusado de beijar à força a magistrada, negou o assédio sexual. E foi mais longe ainda: disse que a juíza tem que se desculpa “publicamente antes que vidas de outras pessoas também sejam atiradas no lixo”.

As insinuações ameaçadoras na nota de Ribamar Alves, mostra claramente que ele está disposto a tudo contra a juíza Larissa Tupinambá.

É preciso que a Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA) leve este caso mais a sério.

Veja abaixo a nota do prefeito de Santa Inês:

​Tendo em vista as notícias veiculadas no dia de ontem, em respeito à verdade e à opinião pública e em resposta à nota emitida pela Associação dos Magistrados do Maranhão, venho a público esclarecer o seguinte:

1) Lamento profundamente a conduta imprudente e equivocada da Dra. Larissa Tupinambá que, de forma irrefletida me acusa de assedio sexual, no intuito de dissimular outra situação, não levando em consideração sequer à integridade da sua família, assim como a integridade da minha, razão pela qual me sinto na obrigação de vir a público desmentir o episódio e ao mesmo tempo me desculpar por ter que tratar publicamente de assunto tão impróprio.

2) Afirmo que sempre tratei a Dra. Larissa Tupinambá com cordialidade e respeito, me pautando dentro da ética e da moralidade. Tenho consciência de que nunca, em momento algum, me insinuei muito menos em seu gabinete, como afirma a nota açodada e evidentemente corporativa da Associação dos Magistrados do Maranhão, que sequer considera que o crime de assédio sexual pressupõe uma relação de hierarquia entre os envolvidos, o que não existe neste caso.

3) Espero sinceramente que a magistrada Larissa Tupinambá tenha coragem de vir a público para esclarecer este assunto, informando qual a verdadeira razão que a levou a me envolver neste lamentável episódio, que diretamente não me diz respeito, conforme oportunamente poderá ser comprovado por pessoas e documentos, para que eu próprio não seja obrigado a fazê-lo em defesa do meu nome e da minha honra.

4) Insisto que o assédio relatado pela nobre magistrada nunca existiu. Muito menos envolvendo a fantasiosa história de intervenção de servidores, conforme mais uma vez a nota corporativa e precipitada emitida pela Associação dos Magistrados do Maranhão, eis por que exijo que a Dra. Larissa Tupinambá esclareça definitivamente o assunto e se desculpe publicamente antes que vidas de outras pessoas também sejam atiradas na lata de lixo.

5) Por inúmeros motivos lamento este triste episódio, inclusive, pelo fato de que, em algum momento, seja necessário expor a vida de outras pessoas para que a verdade seja restaurada.

6) Compreendo e desculpo a Dra. Larissa Tupinambá tão somente em razão do momento especial que ela deve estar atravessando, mas não poderei deixar de me defender de tão grave acusação, ainda que para isso tenha que recorrer a medida judicial e posteriormente ao Conselho Nacional de Justiça.

7) Por fim, mais uma vez nego veementemente a existência deste fato, bem como de qualquer outra conduta que desabonasse tanto a minha honra quanto à da magistrada. Reitero que as minhas ações sempre foram pautadas pelo respeito e obediência às leis, às autoridades constituídas e, sobretudo, às pessoas em geral.

Santa Inês (MA), 20 de dezembro de 2013.

José de Ribamar Costa Alves
Prefeito de Santa Inês – MA.

3 comentários em “Chamem a polícia! Prefeito de Santa Inês faz insinuações graves contra juíza”

  1. José João Macedo

    Essa foto da M.M.Juíza no mínino não condiz com sua condição de magistrada e,que “momento especial”é esse que o Prefeito relata na nota? É preciso que seja esclarecido para toda população de Santa Ines e para a Magistratura do Estado.O cargo exige:notável saber jurídico e moral ilibada.

  2. Paulo Castro

    O MERO GALANTEIO NÃO ÊH ASSÉDIO

    O mero galanteio, a paquera e olhares de admiração não configuram assédio sexual, de acordo com decisão Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. O colegiado analisou pedido de indenização por danos morais de uma mulher que alegou ter sofrido por seu chefe “atos tendentes a obter favores sexuais contra a sua vontade”.

    A juíza relatora afirmou não ter visto provas de assédio sexual ou moral, pois em ambos os casos não houve pressão reiterada. O chefe da funcionária, no entendimento da relatora, tentou um relacionamento por meio de um “simples cortejo” depois de ouvir que ela havia terminado um namoro. Ainda segundo a relatora, ele desistiu quando houve negativa da funcionária, sem criar um ambiente hostil no local trabalho — até porque eles atuavam em diferentes locais e só se viram duas vezes.

    Na mesma linha, a relatora disse que não houve assédio moral pela ausência de perseguição constante ou “terror psicológico capaz de incutir no empregado uma sensação de descrédito em si próprio”. As informações são do portal Consultor Jurídico.

  3. Pedro Henrique

    Não tenho duvidas que o Prefeito agiu de ma fé contra a magistrada. Pois o cargo dela e muito significativo perante a sociedade!
    Pessoas como, José de Ribamar Costa Alves “Prefeito de Santa Inês – MA”, envergonham nosso pais.

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