Blog do Luis Cardoso

Quem visita o ex-governador José Reinaldo Tavares ou esbarra com ele em qualquer canto, ouve sempre a mesma ladainha: Arnaldo Melo será o governador e não vai apoiar nenhum dos dois candidatos, numa referência aos nomes de Luís Fernando e Flávio Dino.

Tavares recorda que Melo foi seu secretário de Cidades e aproveita para espalhar que o presidente da Assembleia Legislativa, sucessor natural na linha da sucessão da governadora Roseana Sarney em caso de licença ou na desincompatibilização, assumirá o cargo e que estará distante do comando da eleição.

O ex-governador acredita que Roseana Sarney sairá mesmo candidata a senadora no próximo ano e que Arnaldo Melo será escolhido pelo plenário do Legislativo maranhense para concluir o mandato de governador até o final de 2014.

“Conheço Arnaldo Melo muito bem e tenho a plena certeza de que ele não estará à serviço de nenhum candidato. Ele atuará na eleição de 2014 como magistrado e não deixará a máquina ser usada para eleger A ou B”, disse o ex-governador para um proprietário de jornal da cidade.

A tentativa de criar discórdia começa a ser espalhada pelo interior do estado muito antes da governadora decidir se permanece ou sai para concorrer a uma vaga ao Senado Federal, com amplas chances de vencer a disputa.

Mas Tavares esquece que o atual presidente da Assembleia Legislativa é um político de grupo e como tal pode sim lutar em favor do candidato da sua ala política. Não existem nenhum impedimento legal.

Só para refrescar a memória de Zé Reinaldo Tavares, ele no exercício do cargo de governador foi mais que cabo eleitoral da eleição de Jackson Lago: comprou a vitória dada ao seu candidato, que foi cassado dois anos depois.