Pela primeira vez, dois grandes adversários políticos, Roseana Sarney e Flávio Dino, estão juntos em prol de um mesmo objetivo: reconduzir Dilma ao cargo de presidente deste país.

Roseana já está em campo abertamente, fazendo reuniões e mobilizando lideranças, prefeitos e deputados.

Flávio, por sua vez, não declarou apoio à candidatura de Dilma de forma oficial, mas basta ter um pouco de memória para descobrir para quem o governador eleito anda pedindo votos.

O PCdoB, historicamente, é um partido de inúmeras afinidades e alianças com o PT e quase nenhuma com o PSDB de Aécio Neves.

Além de ter sido eleito por um partido aliado de Dilma, o qual tem grande espaço no Governo Federal, a presidente foi a única pessoa que estendeu a mão a Dino quando ele ficou sem nenhum cargo político, lhe honrando a fidelidade com a presidência da Embratur.

Outro fato que merece ser lembrado é que Dilma evitou qualquer participação na campanha de Lobão Filho (PMDB) e ainda enviou material de campanha para o seu pupilo do PCdoB no Maranhão.

O comportamento de se manter “neutro”, nada mais é que um ato de diplomacia, para adiar as futuras crises no grupo de agregados, que é bastante heterogêneo.

Apesar da “mudez estratégica” de Flávio, o seu porta-voz oficial, presidente estadual do PCdoB Márcio Jerry, foi claro em convocar a militância para levantar as bandeiras da campanha pró Dilma.

Obviamente, o governador eleito tem o direito de permanecer estático. Mas na política, todo grande líder sempre tem um posicionamento. As obviedades dos fatos estão aí. Só não enxerga mesmo quem não quer.