Depois da primeira semana de atuação dos deputados da nova legislatura da Assembleia Legislativa o cenário político de atuação dos parlamentares parece estar bem próximo de atingir o seu cenário definitivo. Com a Mesa Diretora já definida, agora o encaminhamento segue apenas dependendo da formação dos novos blocos, que esta legislatura, quase que ineditamente, não terá formação de um grupo denominado, de fato, oposição.

A formação da mesa contou com a participação de apenas um deputado de primeiro mandato: Glalbert Cutrim (PRB). Comenta-se, nos bastidores, que negociação do cargo parlamentar republicano se deu por intermédio de seu grupo político, comandado por seu pai, o ex-presidente do Tribunal de Contas do Maranhão, o conselheiro Edmar Cutrim, Luís Fernando Silva e o próprio irmão do deputado, o prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim (PMDB). Todos declararam apoio à candidatura de Flávio Dino (PCdoB) já na reta final da campanha para o governo.

Os demais parlamentares, com exceção do presidente Humberto Coutinho (PDT), são deputados veteranos e alguns deles já tiveram participação em Mesas Diretoras anteriores ou mesmo com a liderança de algum bloco na Casa.

O deputado Carlinhos Florêncio (PHS) é o segundo secretário da Assembleia pela segunda vez e o deputado César Pires (DEM), que é agora terceiro secretário, antes ocupou a função de líder do governo Roseana Sarney na Assembleia.

Agora, a função de liderança do governo de Flávio Dino (PCdoB) será exercida por Rogério Cafeteira (PSC), que foi um dos responsáveis em articular a eleição de Humberto Coutinho e também do ex-presidente Arnaldo Melo. Cafeteira tinha um bom relacionamento com o antigo governo e compôs a bancada governista da Casa. Ele exerceu o papel de primeiro secretário na Mesa Diretora da legislatura passada.

Outro parlamentar que merece destaque é o deputado Eduardo Braide (PMN). Braide, que exerceu a função de segundo vice-presidente na legislatura anterior, agora será líder do maior bloco governista da Assembleia.

Formação de blocos parlamentares

A primeira diferença com a legislatura anterior será a inexistência de um Bloco de Oposição. Apesar de 29 deputados terem sido eleitos juntos à coligação que apoiava o rival político de Dino, nenhum deles articulou a formação de oposição, em forma de bloco, ao governo. Apenas treze parlamentares estiveram presentes apoiando Flávio Dino.

Hoje o cenário é totalmente diferente. Até mesmo o PMDB, partido da ex-governadora, está divido quanto à atuação. O deputado Roberto Costa (PMDB) afirmou que fará uma oposição responsável e moderada, enquanto que a colega Andrea Murad (PMDB) declarou que será totalmente de oposição. Os deputados Max Barros (PMDB) e Nina Melo (PMDB) destacaram um posicionamento de independência em relação ao governo.

O Bloco Parlamentar Democrático atuará de maneira independente também Adriano Sarney e Edilázio Júnior, ambos do PV, integram o bloco e farão oposição ao governo Edilázio ocupada um cargo na Mesa Diretora. Rogério Cafeteira (PSC), Alexandre Almeida, Sousa Neto, ambos do PTN, também farão parte desse grupo. Os deputados do PTN ainda divergem ideologicamente e o deputado Sousa Neto já afirmou que fará uma oposição mais incisiva.

(Com informações do Imparcial)