Carta de Temer irrita Planalto e é vista como sinal de rompimento
Folha.com
O Palácio do Planalto avalia que o vice-presidente Michel Temer (PMDB), com sua “dura” carta recheada de críticas à presidente Dilma Rousseff, “quer forçar que o governo rompa com ele” para que o peemedebista fique mais livre para se posicionar sobre o processo de impeachment.
Segundo assessores presidenciais, Temer não quer ficar com o “ônus” do rompimento e tenta fazer com que ele venha do Palácio do Planalto. A orientação tirada na noite de segunda-feira (7) em reunião da presidente com sua equipe, quando a carta de Temer foi divulgada, é que o governo não reaja ao documento exatamente para não dar ao vice os “argumentos” que ele busca para se distanciar ainda mais da petista.
Para auxiliares presidenciais, o peemedebista adotou uma postura, nos últimos dias, de distanciamento e de silêncio para provocar uma reação negativa da presidente Dilma. Um auxiliar diz que a carta foi apenas o “fecho” desta estratégia.
Dentro do governo, a avaliação é que o tom pesado do documento escrito por Temer “não combina com o estilo do vice” e “assustou” o Palácio do Planalto porque não esperava que o peemedebista “chegasse a este ponto”.
A carta, segundo auxiliares presidenciais, praticamente inviabiliza qualquer tipo de diálogo daqui para a frente e é um último passo do grupo de Temer na direção do rompimento.
Do lado do vice-presidente, ele insistiu na noite de segunda que sua carta não significa um rompimento. A amigos, Temer disse que o documento escrito por ele foi um “desabafo”, porque a presidente Dilma buscava divulgar uma versão que não combina com os fatos: o de que confia nele, numa estratégia, vista pelo grupo do vice, como uma forma de constrangê-lo a criticar o processo de impeachment.
DISTANCIAMENTO
A decisão de Temer de enviar a carta foi o ponto alto de mais um dia conturbado nas relações entre ele e a petista. Antes da divulgação do texto, o ex-ministro Eliseu Padilha, um dos principais aliados do vice, disse que Temer está fazendo uma “aferição” do sentimento do PMDB sobre o impeachment.
Padilha foi o primeiro grande aliado de Temer a abandonar o governo. Ele chefiava a Aviação Civil até a semana passada.
08/12/2015 às 11:55
GOLPE NÃO EXISTE O QUE TÁ ACONTECENDO É QUE A PRESIDENTA DEU AS COSTA PRA TODOS AQUELES QUE ASSALTARAM COM ELA A PETROBRAS E ESTÁ TIRANDO O DELA E O DE LULA DA RETA E TÁ DIFICIL PRA ELA E ELE, ´SO QUEM TÁ ACOBERTANDO É O JANOT, É UMA PIADA ISSO, ACORDA JUSTIÇA STF.