Governo adita em mais R$ 4,5 milhões contrato com empreiteira de agiota
(Com informações do Atual7)
O governo Flávio Dino, do PCdoB, aditou em mais R$ 4,5 milhões, pela quinta vez, um contrato firmado entre a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) e a empreiteira Pactor Construções e Empreendimentos Ltda, operada pelo agiota Gláucio Alencar.
A assinatura foi feita no dia 18 de outubro último, dois dias depois da reportagem revelar que, nos mais de 1000 dias do governo comunista, a empresa já embolsou quase R$ 57 milhões dos cofres públicos do Estado. A publicação da resenha do aditivo, contudo, foi feita somente na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 26 do mesmo mês.
O objeto do contrato, segundo o documento, é de “execução de obras e serviços de engenharia, visando a recuperação e conservação de rodovias estaduais da malha viária da regional de Santa Inês”.
A informação de que a Pactor Construções é operada por Gláucio é da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor) e do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Em operação conjunta deflagrada em julho do ano passado, batizada de Paulo Ramos II, a Polícia Civil e o MP-MA prenderam o empresário Hilquias Araújo Caldas, proprietário no papel da Pactor.
Contudo, segundo os dois órgãos, a empresa, alvo de mandato de busca e apreensão e bloqueio de bens no bojo da Operação Imperador — um desdobramento da Operação Detonando, iniciada após o assassinato do jornalista Décio Sá, em 2012, que prendeu Gláucio Alencar —, é uma das utilizadas pela Máfia da Agiotagem no Maranhão para saquear dinheiro público por meio de licitações fraudulentas e obras fantasmas.
Procurado desde o mês passado, o Governo do Maranhão ainda não retornou o contato se posicionando sobre os contratos com a empreiteira. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), o Ministério Público do Maranhão e a Pactor Construções também foram procurados, mas também não retornaram o contato.
Apenas o secretário Clayton Noleto, titular da Sinfra, se manifestou até agora. Segundo alegou, a empresa operada por Gláucio preencheu todos os requisitos e trâmites legais para ser contratada pela pasta.
“Se não houver impedimento Jurídico, o Estado não pode impedir de contratar quem preencha os requisitos e tenha se submetido aos trâmites legais. Isso é o que preconiza o Estado Democrático de Direito”, respondeu.