Ex-deputado estadual é indiciado por nomeação de funcionários fantasmas
A Polícia Civil do Maranhão, por meio Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor), indiciou, na última semana, o ex-deputado estadual e ex-secretário municipal da Prefeitura de Paulo Ramos, Joaquim de Lima Araújo, conhecido como “Kinkas Araújo”.
Kinkas Araújo foi indiciado pela prática de crime de peculato, crime conhecido como desvio de verbas públicas. Além dele, também foi indiciada Márcia Teresa Gomes Pereira, sua ex-secretária.
O ex-deputado nomeou como funcionários de sua equipe parlamentar pessoas que residiam no interior do Estado e que jamais prestaram serviços em seu gabinete. Kinkas Araújo foi deputado por duas legislaturas, entre 1995 e 2002.
Segundo as investigações, alguns dos funcionários “fantasmas” ouvidos pela polícia sequer sabiam que constavam como servidores nos registros da Assembleia Legislativa.
Ainda segundo investigações da polícia, o esquema contava com a confecção de procurações falsas em favor da secretária parlamentar Márcia, que era incumbida de ir à agencia bancária do antigo Banco do Estado do Maranhão, localizada no prédio da Assembleia, para sacar, pessoalmente, todos os meses, os salários que se destinavam aos servidores lotados no gabinete, entre eles os vencimentos dos servidores “fantasmas”.
Os desvios de valores públicos, correspondentes à apropriação dos salários dos funcionários “fantasmas”, duraram até o início do ano de 2003, quando se encerrou o mandato de Kinkas Araújo.
PRISÃO
Em 2016, o ex-deputado foi alvo de uma operação da Seccor. Ele foi preso por envolvimento de desvio de verbas públicas oriundas da Prefeitura de Paulo Ramos, vinculado a esquema de agiotagem.