Francisco Nagib é investigado por suspeita de participar de esquema
O diretor do Departamento Estadual de Trânsito no Maranhão (Detran-MA) e ex-prefeito de Codó, Francisco Nagib, está sendo investigado pelo Ministério Público por um acordo suspeito firmado entre a Prefeitura de Codó e a empresa Construservice C Empreendimentos e Construções. Foi o que revelou o site ATUAL7.
O contrato em questão foi firmado no ano passado, quando Nagib ainda era prefeito de Codó, com a finalidade de recuperar estradas vicinais do povoado Barracão, zona rural do município. O valor do contrato para a execução do serviço foi a quantia exorbitante de R$ 4,6 milhões.
O Ministério Público investiga a suspeita de irregularidades no contrato, fraude na licitação e a comprovação da execução da obra. O caso está sob os cuidados do promotor Carlos Augusto Soares. A apuração preliminar teve início em setembro do ano passado, e em março deste ano, foi convertida em Inquérito Civil.
Em resposta ao site ATUAL7, Francisco Nagib disse que a estrada está sendo executada, que a empresa está trabalhando e que a obra vai ser concluída como planejado. Disse ainda que, durante a gestão dele, foi realizado o pagamento da medição inicial.
A Construservice C Empreendimentos e Construções é velha conhecida do Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) por participação em esquema criminoso de fraudes licitatórias, corrupção, desvio de verbas públicas e agiotagem. É uma das empreiteiras que opera no mercado financeiro paralelo e um trunfo na mão do agiota Eduardo José Barros Costa, mais conhecimento como Imperador ou Eduardo DP, para subtração de dinheiro público.
Em 2015, a Construservice foi alvo da Operação Imperador, deflagrada pelo MP em parceira com a Polícia Civil. À época, todos que tinham envolvimento com a empresa foram alvos de busca e apreensão e bloqueio de bens. Inclusive, a mãe de Eduardo DP, Maria Arlene Barros Costa, ex-prefeita de Dom Pedro, chegou a ser presa e conduzida ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas. O próprio Eduardo DP já foi preso várias vezes envolvido com a máfia da agiotagem.