Caso João Bosco: filha da vítima pediu duas vezes a quebra de sigilo telemático do advogado Daniel Brandão
O site do Luís Pablo teve acesso ao inquérito sobre a morte do empresário João Bosco Sobrinho Pereira Oliveira, executado no dia 19 de agosto de 2022 pelo assassino confesso Gilbson César Soares Cutrim Júnior.
No documento, Anna Priscielly Sousa Pereira Néri, filha da vítima João Bosco, pediu duas vezes a quebra de sigilo de dados telemáticos do advogado Daniel Itapary Brandão, sobrinho do governador Carlos Brandão (PSB) e secretário estadual de Monitoramento de Ações Governamentais.
“A quebra de sigilo de dados telemáticos se faz necessária e indispensável para obter evidências sobre históricos específicos dos suspeitos, e elucidar o possível caminho percorrido para um crime investigado. Desta forma, o histórico das ligações, os horários, números chamados, recebidos e o tempo das ligações realizadas, contas em redes sociais, whatsapp e afins, entre a vítima e as pessoas que estiveram na cena do crime,” diz no documento.
A filha de João Bosco fez o primeiro pedido ao delegado no dia 19 de outubro. Após quase um mês, no dia 18 de novembro, foi feito o mesmo pedido ao juiz da Central de Inquéritos. Nenhum pedido foi atendido.
Daniel Brandão esteve no local do crime junto com a vítima João Bosco, o assassino Gilbson Júnior e o vereador Beto Castro, de São Luís-MA. Nas imagens gravadas pela câmera de segurança do local, os quatro aparecem em uma mesa numa lanchonete.
Há uma suspeita do sobrinho do governador ter participado de um esquema de propina na Secretaria de Educação que culminou com o assassinato do empresário.
A motivação do crime foi a cobrança de uma dívida para o acerto de proprina de um pagamento a uma empresa contratada pela Seduc.
A filha da vítima ainda requereu uma oitiva de Daniel Brandão, que nunca foi prestar depoimento. Na época, ele alegou que estava em viagem a serviço do Estado.
PEDIDO FEITO AO DELEGADO:
PEDIDO FEITO AO JUIZ: