“Não cabe ouvir o jornalista em relação a quem lhe passou a informação”, diz procurador-chefe da Lava Jato

Por Luís Pablo Brasil
 

Ricardo Senra
Da BBC Brasil em Washington

Deltan Dallagnol, procurador-chefe da força-tarefa da operação Lava Jato

Deltan Dallagnol, procurador-chefe da força-tarefa da operação Lava Jato

Em entrevista concedida à BBC Brasil na última sexta-feira, na Harvard Law School, nos Estados Unidos, Deltan Dallagnol, procurador-chefe da força-tarefa da operação Lava Jato, disse que agentes públicos não vazam informações – a brecha estaria no acesso inevitável a dados secretos por réus e seus defensores.

“É muito difícil identificar qual é o ponto (de origem do vazamento), porque se você ouvir essas pessoas, elas vão negar”, afirmou.

“E não cabe ouvir o jornalista em relação a quem lhe passou a informação porque existe, no Brasil, e deve existir, o direito ao sigilo de fonte”, afirmou, um dia antes do juiz Sérgio Moro dizer à BBC Brasil que “identificar vazamentos é quase como uma caça a fantasmas”.

Os vazamentos ganharam ainda mais destaque, quando trechos do primeiro depoimento do empreiteiro Marcelo Odebrecht a Moro foram divulgados pela imprensa ainda enquanto Odebrecht estava na sala do juiz federal.

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